Indústria bélica Caracal International será mesmo instalada em Anápolis

Intenção é estar com a indústria funcionando em aproximadamente 12 meses. Cerca de 1.250 empregos diretos e indiretos devem ser gerados na cidade

Da Redação Da Redação -

Foi oficializado ontem (10) entre o Governo de Goiás e a Caracal International LLC o entendimento para que uma filial da indústria bélica árabe seja implantada em Anápolis. O governador Marconi Perillo prometeu rapidez da parte do Governo de Goiás para destravar os caminhos que garantirão a instalação.

A decisão foi oficializada durante reunião realizada no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia,  com o CEO da empresa, Hamad Salem Al Almeri, e representantes da Delfire Indústria e Comércio de Extintores, parceira no empreendimento.

A Caracal representa uma quebra de paradigmas por ser a primeira indústria bélica a ser instalada no Estado. “Vocês são muito bem-vindos. Os Emirados são hoje um exemplo de eficiência, competência e qualidade para o mundo. No que depender do meu apoio e da abertura do governo, tudo faremos para que esse projeto tenha o mínimo de tropeço e de burocracia. Os senhores podem contar com todo o profissionalismo da nossa equipe, desburocratização e facilitação. Não é tradição goiana perder bons parceiros e bons negócios”, afirmou Marconi.

Após assistir à apresentação de vídeos sobre a qualidade dos produtos fabricados pela indústria, Marconi se declarou convencido da necessidade de instalar a empresa em Goiás. “Estou convencido de que uma empresa que tem como sede os Emirados Árabes é uma companhia que prima pelo profissionalismo, pela eficiência e pela qualidade. Eu estou certo de que as relações de Goiás e do Brasil com a Caracal serão as melhores”, ressaltou.

Ele comentou que já teve a oportunidade de visitar Abu Dhabi (capital dos Emirados Árabes Unidos – EAU) e Dubai (maior cidade), em missão internacional, e que ficou encantado com a solidez e potencial do País.

“Vocês foram capazes de construir um país extraordinariamente sólido e importante, com altíssima tecnologia agregada, belíssimos métodos construtivos. Não só as belezas de seus hotéis, prédios, rodovias cravadas no deserto, sua produção também no deserto, mas também o potencial das suas indústrias e da Emirates, que é extraordinária”, destacou.

Durante a apresentação, Hamad Salem Al Almeri, agradeceu a abertura comercial. “É uma honra estarmos aqui hoje. Estamos animados em estarmos no Estado de Goiás. Agradecemos ao senhor governador pelo seu tempo. Vamos trazer para o Brasil todo o nosso conhecimento e tecnologia em armamentos”, disse.

Chefe de Operações da Caracal, Robert Hirt, fez uma apresentação dos armamentos que serão produzidos. “O presidente deu completo apoio para que possamos iniciar esse projeto. E muito em breve vamos consolidá-lo em Goiás. A Caracal não é apenas uma produtora de armas, ela consegue prover os produtos que cria. Fazemos manutenção e treinamento para os nossos clientes”, explicou.

Indústria em Anápolis

A empresa Delfire Indústria e Comércio de Extintores, com sede no Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia), já havia firmado acordo com a Caracal International LLC para a instalação de uma planta industrial da empresa em Goiás e aguardava a autorização oficial do governador Marconi Perillo, que foi dada nesta quinta (10). A iniciativa tem o apoio do Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SED) e da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP).

A Caracal é dedicada à produção de armamentos e munições exclusivas para forças de segurança pública do Brasil e com atenção voltada para o mercado da América Latina. Ela está planejada para entrar em funcionamento em aproximadamente 12 meses a partir deste acordo. A previsão é de que sejam gerados cerca de 1.250 empregos diretos e indiretos com a consolidação do projeto.

De acordo com o memorando de entendimento, as duas empresas se comprometem a trabalhar para viabilizar a instalação de uma indústria da Caracal no Brasil buscando a aprovação inicial do governo brasileiro (Ministério da Defesa) para a fabricação de armamentos. Também se comprometem a construir um plano de viabilidade para o empreendimento. As partes irão elaborar um projeto para o início das atividades da indústria, primeiramente para produção de peças e avançando para a fabricação de armas.

Participaram também da reunião o secretário Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação (SED) Luiz Maronezi, os empresários goianos que tomaram a iniciativa do empreendimento, Paulo Humberto Barbosa e Augusto de Jesus Delgado, a diretora de Marketing Comercial, Sandra Maria Schlegel, e o superintendente de Ações e Operações Integradas da SSPAP, delegado Emmanuel Henrique.

*Com informações do Goiás Agora

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