Associação oferece apoio emocional a pessoas que querem suicidar

Auxílio especializado e profissional é gratuito e também estendido às famílias que já passaram por este tipo de trauma

Rafaella Soares Rafaella Soares -

Na última quarta-feira (26), o Brasil ficou consternado com a história da estudante da Universidade Federal do Acre (UFAC), de 19 anos, que tirou a própria vida em uma transmissão ao vivo nas redes sociais. Dois dias após o acontecimento, os pais da jovem foram encontrados mortos por enforcamento em casa.

Em sequência, o ex-namorado dela também foi encaminhado ao Pronto Socorro de Rio Branco por ter ingerido grandes quantidades de comprimidos. Agora, depois de passar por observação médica, ele deverá receber tratamento psicológico.

Pesquisas da Organização Mundial da Saúde mostram que o Brasil está no ranking entre os dez países com mais suicídio no mundo, ocupando o oitavo lugar. A depressão é a doença que mais leva as pessoas a cometerem o ato.

Em Anápolis, um projeto foi criado para prevenir o suicídio. A ideia partiu do teólogo Michael Rossane, de 35 anos, que perdeu a mãe aos cinco anos e, conforme disse ao Portal 6, desde então quis ajudar pessoas em desespero e sem alento para a vida.

“Além de perder minha mãe para o suicídio, perdi meu irmão para as drogas. Sofri muito, por isso, com as minhas experiências posso tentar ajudar. A depressão não é uma fraqueza, e aqui em Anápolis pouco se fala sobre o assunto. Precisamos mudar isso”, cobra.

Chamado de Projeto de Prevenção ao Suicídio de Anápolis, ele conta com a ajuda de uma psicóloga voluntária que atende os pacientes que precisam de orientação profissional.

Segundo Michael, o auxílio também é estendido às famílias que passam por este tipo de triste experiência.

“Além da prevenção, nós também estamos preparados para dar assistência às famílias que passaram pelo trauma de perder algum ente querido. Essa assistência é muito importante, pois sem ela fica muito difícil superar”, disse.

Como buscar?

Atualmente, o projeto recebe as solicitações de ajuda através do WhatsApp (62) 9 9237-1053, por e-mail [email protected], ou pelo Facebook.

Psicólogos interessados em participar de forma voluntária também são bem vindos, lembra a associação.

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