Mãe e padrasto de bebê espancado em Anápolis sustentam que ele ‘caiu no banheiro’

Casal está preso desde a madrugada e deverá responder por pelo menos três crimes

Rafaella Soares Rafaella Soares -

Mãe e padrasto suspeitos de espancarem o menino Isaac Souza Ramos, de apenas dois anos e quatro meses, prestaram depoimento na manhã desta quinta-feira (15) e negaram o crime.

Desde que foram encaminhados à Central de Flagrantes durante a madrugada, Arafat Dias da Silva, de 28 anos, e Giovana Souza de Jesus, de 21, continuam sustentando a versão de que a criança sofreu um acidente doméstico.

Ao Portal 6, o delegado Vander Coelho, responsável pelo caso, explicou que o casal deverá ser ouvido novamente para que a investigação consiga esclarecer melhor os acontecimentos.

“Hoje eles serão reinquiridos para gente buscar mais subsídios e ver se consegue clarear mais a história. Inicialmente eles vão continuar presos e depois serão colocados em uma audiência de custódia, onde o Judiciário definirá se eles poderão sair ou não”, disse.

De acordo com o delegado, o casal foi autuado por homicídio qualificado, lesão corporal e maus-tratos. Se condenados, poderão pegar de 12 a 30 anos de pena.

Outros dois filhos da mulher foram entregues aos cuidados de familiares.

Violência sexual

Além da violência física, a polícia não descartou a possibilidade de Isaac ter sofrido abuso sexual e solicitou um laudo que, até o fim da investigação, deverá esclarecer a suspeita. No entanto, exames preliminares realizados no Instituto Médico Legal (IML) não apontaram indícios de estupro.

Em tempo

Isaac Souza Ramos deu entrada no Hospital de Urgências de Anápolis (HUANA) no final da noite desta quarta-feira (14), em estado gravíssimo, com parada cardiorrespiratória. Ele chegou a ser reanimado, mas não resistiu.

A mãe do menino o acompanhou até a unidade e disse que ele teria caído de um vaso sanitário, porém o laudo médico apontou agressão física e traumatismo crânio-encefálico.

Na casa dos suspeitos, a Polícia Militar encontrou roupas infantis sujas de sangue e um aparelho celular, onde o padrasto detalhou, através de mensagens, ter deixado o menino preso em um galinheiro como uma forma de castigo.

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