Os detalhes da prisão dos homens que colecionavam pornografia infantil em Anápolis
Operação contra pedofilia é nacional e está cumprindo mais de 500 mandados em 24 estados e Distrito Federal
Chamou atenção na manhã desta quinta-feira (17) em Anápolis, a prisão de dois homens, de 47 e 54 anos, que estavam armazenando fotos e vídeos de pornografia infantil em casa.
Além deles, também estão sendo cumpridos mais de 500 mandados em 24 estados brasileiros e Distrito Federal por meio da Operação Luz da Infância 2, que conta com a participação de cerca de 2,6 mil policiais civis.
Responsável por coordenar a operação em Anápolis, a delegada Kênia Segantini, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), contou detalhes de como foram feitas as prisões na cidade. Segundo ela, alguns dos alvos já estavam há meses sendo investigados pela Delegacia Estadual de Crimes Cibernéticos, localizada em Goiânia.
“A polícia já dispõe de técnicas específicas e policiais treinados para monitorar esse tipo de criminoso. Então eles acompanham as ações, identificam os suspeitos e assim chegam até eles”, explicou.
Conforme a delegada, devido o fato de a investigação ter sido iniciada na capital goiana, a ordem judicial das prisões e apreensões dos aparelhos eletrônicos, onde os conteúdos eram armazenados, já chegou na cidade pronta para o cumprimento.
“Para a operação esses foi necessário o apoio de seis policiais. Saímos por volta das 06h e às 09h já voltamos para a delegacia com os dois. Um deles foi cumprido no Centro da cidade e o outro no Jardim Progresso. Nenhum dos dois apresentou qualquer resistência em nos acompanhar”, relatou.
Apesar de terem sido encontrados conteúdos pornográficos nos celulares e computadores dos dois homens, os crimes são de tipificações diferentes e, enquanto um poderá pagar a fiança, arbitrada em R$2 mil, e responder em liberdade o outro será encaminhado diretamente para o presídio da cidade ainda na tarde desta quinta-feira (17).
“O crime do individuo que será encaminhado para o presídio não é passível de fiança porque além de armazenar o conteúdo erótico infantil, ele também compartilhava. Já o outro, que poderá pagar a fiança, apenas armazenava esse conteúdo. Inicialmente, não foi encontrado no material a participação direta de nenhum deles. Todos os conteúdos eram de terceiros”, afirmou.
A delegada também afirmou que crimes dessa magnitude continuarão sendo investigados durante todo o ano na cidade e em todo o estado.
“Nós temos um marco, que é o Dia Nacional de Combate a Exploração Sexual Infantil, que é nesta sexta-feira (18), mas esse combate é permanente, tanto pela DCPA de Anápolis quanto pela Delegacia Estadual que foi criada com o fim de combater crimes cibernéticos, então essa operação vai ocorrer durante todo o ano”.
Nenhum dos suspeitos tinham passagem pela polícia.