Greve dos caminhoneiros aumenta a procura e sobe preço de alimentos em Anápolis

Realidade atípica já obriga estabelecimentos a limitar venda de produtos

Rafaella Soares Rafaella Soares -

Um dos reflexos da paralisação dos caminhoneiros em Anápolis é a falta de abastecimento dos supermercados. Em alguns estabelecimentos, produtos já estão começando a faltar e preços a subir.

O Portal 6 entrou em contato com os principais supermercados da cidade para saber como estão os estoques e se os atendimentos continuam normalizados.

Gerente do Super Vi, Leandro Crispim contou que os alimentos ainda não estão em falta pois já estão sendo utilizado grande parte dos produtos em estoque.

“Já faz uns cinco ou seis dias que não recebemos nada. O estoque tem diminuído muito rápido e o volume de compras aumentou. Se essa greve continuar, daqui poucos dias vamos começar a ter falta do essencial, como o arroz, feijão e óleo. Hoje o Ceasa está operando e alguns legumes sofreram alta, então está faltando algumas coisas, como batata, cenoura. Como é perecível e o recebimento é diário, acontece de faltar. A carne quem está entregando é o pessoal que tem estoque na cidade mesmo, porque de fora não chega nada” explicou.

Conforme Leandro, devido a essa preocupação com os estoques, o supermercado não oferecerá nenhuma oferta essa semana.

No Atende Mais a situação é semelhante. Segundo o encarregado de Marketing Marcelo Gontijo, a loja já está em alerta para algumas mercadorias em faltas.

“Alguns produtos estão começando a faltar, principalmente na parte dos pães industriais. No restante está tudo certo, mas o custo dos produtos do hortifruti e açougue está aumentando muito para gente. A batata, por exemplo, está sendo repassada com um valor quatro vezes mais alto. Está bem apertado, mas continuamos trabalhando com ofertas, os preços não mudaram  e a margem continua a mesma”, disse.

No supermercado Floresta os impactos também estão sendo sentimentos quando o assunto são os legumes e as verduras.

“Até o momento estamos funcionando normalmente. É obvio que tem fornecedores que não conseguiram fazer as entregas, mas tínhamos os produtos no estoque. Agora, com relação aos próximos dias, eu não sei como vai ficar. Nosso hortifruti e açougue também está tudo bem abastecido. Hoje no Ceasa faltaram alguns itens, como batata, tomate e cebola, mas também tinha no estoque ainda não sentimos o impacto”, afirmou o gerente Marco Antônio.

A reportagem também entrou em contato com o Rio Vermelho para saber detalhes do abastecimento, mas não obteve retorno até o momento desta publicação.

Hipermercados

Nos hipermercados de Anápolis, os produtos já estão sendo monitorados e regrados para que não tenha problemas com desabastecimento.

Em nota, o Carrefour informou que está acompanhando de perto todas as negociações entre o governo e os caminhoneiros e que está utilizando do estoque para manter o funcionamento do estabelecimento. No caso de faltas pontuais, os produtos deverão ser adquiridos com fornecedores locais.

Já o Bretas está limitando a compra dos clientes, que só podem comprar até cinco unidades de cada item que já está em menor quantidade. Esses produtos estão sendo diariamente monitorados e a empresa também afirmou estar em contato direto com os fornecedores para que não falte nada.

Procon

Titular do Procon Anápolis, Robson Torres disse que os fiscais estão se preparando para visitar todos os supermercados da cidade, a fim de evitar a cobrança de preços abusivos.

Essas fiscalizações, de acordo com Robson, ainda não foram iniciadas porque a equipe do órgão estava passando pelas revendedoras de gás de cozinha.

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