Como está o garotinho que há um ano quase teve a vida tirada pelo pai em Anápolis

Começa na manhã desta quinta-feira (07), no Fórum de Anápolis, às 09h, o júri popular que definirá o destino de Jucelino Souza Santos, de 32 anos. Ele foi autuado por tentativa de homicídio após jogar o filho várias vezes contra o chão.

O caso aconteceu no dia 03 de dezembro do ano passado e, além de deixar a criança com traumatismo craniano e em coma, também agrediu a ex-esposa e tentou tirar a própria vida.

Ao Portal 6, Renata Rodrigues, que é tia do garotinho e irmã da ex de Jucelino, contou que o objetivo é reunir um grande número de pessoas no local, com camisetas e cartazes, para pedir por justiça.

“Queremos mobilizar o máximo de pessoas. Nossa expectativa é que ele não seja solto, pois temos medo que saia e venha atrás da minha irmã e do meu sobrinho”, explicou.

A jovem contou que a criança, que completou seis anos em outubro, já não tem nenhuma sequela física, mas precisou tomar anti convulsivos por seis meses e faz acompanhamento neurológico e psicológico desde janeiro.

“Ele ficou internado em Goiânia por 13 dias em coma induzido. A recuperação não foi fácil. Imagina uma criança super ativa não poder andar sozinho direito porque não podia bater a cabeça de maneira alguma. Sempre tinha alguém para vigiar ele”, relatou.

Apesar das dificuldades, o garotinho está começando a seguir a vida normalmente. Ele não fala do pai, o qual era muito apegado, mas está frequentando a escola e, por orientação da psicóloga, praticando natação e judô.

“Ele é muito carinhoso, um doce, e gosta de ficar abraçando a gente. E a minha irmã, ela é muito forte. Ficou com ele lá em Goiânia o tempo todo, só veio aqui para fazer o exame de corpo de delito. Hoje ela tenta seguir em frente com ele, sendo mãe e pai ao mesmo tempo”, disse Renata.

Relembre o caso

No dia do crime, a Polícia Militar recebeu uma denúncia que o homem havia socado a ex-esposa e jogado o filho várias vezes contra o chão.

Ao chegarem na residência de Jucelino, no Centro, precisaram da ajuda de uma vizinha para destrancar o portão e o encontraram em estado de choque, com vários cortes de faca do peito e as mãos quase amputadas.

Os próprios militares levaram o homem o Hospital de Urgências de Anápolis Dr. Henrique Santillo (HUANA) para receber atendimento médico.

Posteriormente, ele foi autuado por tentativa de homicídio e a investigação ficou sob a responsabilidade da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).