Prefeitura divulgará semanalmente o nível de isolamento social a ser adotado em Anápolis

Segundo Roberto, medida tornará desnecessária a edição de novos decretos e trará previsibilidade para a população

Danilo Boaventura Danilo Boaventura -

Os parâmetros da matriz de risco criada pelo Ministério da Saúde serão usados em Anápolis para indicar o nível da quarentena que a Prefeitura adotará na cidade.

Determinado pelo prefeito Roberto Naves (PP) em decreto que será publicado nesta segunda-feira (27), a adoção dessa regra serve para passar previsibilidade do grau de isolamento social que será aplicado por semana e dividir a responsabilidade do combate à pandemia com toda a sociedade local.

“Só foi possível fazermos isso após o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir, há oito dias atrás, que os municípios têm autonomia para implementar políticas de combate ao novo coronavírus. Precisavamos de segurança jurídica”, lembra o chefe do Poder Executivo local.

Serão três níveis baseados no comprometimento do sistema de saúde do município e risco de proliferação urbana do vírus.

O leve indica que é baixa a possibilidade do avanço da doença na cidade. Nessa situação, praticamente todos os estabelecimentos poderão funcionar desde que observadas as medidas de segurança e distanciamento mínimo entre pessoas.

No moderado, os setores mais propensos a aglomerações terão de paralisar. Significa que o uso dos leitos de UTI exclusivos para pacientes com Covid-19 está aumentando e que, se persistir assim, o sistema público de saúde pode entrar em colapso.

Já no crítico esse grau foi alcançado e o risco de contágio da doença obrigará que todos fiquem em casa.

A Prefeitura sinaliza que essa estratégia torna desnecessária a edição de novos decretos municipais.

Saindo na frente

Anápolis é o primeiro município de Goiás a adotar essa matriz do Ministério da Saúde para subsidiar a tomada de decisões, a partir da análise de riscos de saúde pública.

Como adiantado pela seção Rápidas do Portal 6, a iniciativa veio acompanhada de nota técnica produzida pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), que avaliou panoramicamente a evolução da pandemia na cidade desde a confirmação do primeiro caso local de Covid-19, em 15 de março.

O estudo, que contou com a participação de profissionais de dentro e de fora da Prefeitura, foi uma das condições impostas no decreto do governador Ronaldo Caiado (DEM) para permitir uma maior flexibilização da quarentena por parte dos municípios.

Um plano de contingência – para que a economia da cidade seja retomada com o mínimo de risco possível para evitar o aumento da contaminação do vírus – também já está pronto.

Os detalhes do documento, no entanto, só serão divulgados pelo prefeito em coletiva de imprensa.

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