Retomada da licitação de publicidade é cobrada ao Governo de Goiás

Documentos elaborados pelas principais entidades que representam o setor foram encaminhados ao governador

Da Redação Da Redação -
Palácio Pedro Ludovico, sede do Governo de Goiás. (Foto: Reprodução)

Entidades da área de comunicação solicitaram ao Governo de Goiás a retomada do processo de licitação de publicidade. O edital de concorrência nº 001/2019 foi anulado em meados de março. Documentos cobrando a reabertura do processo foram endereçados ao governador Ronaldo Caiado (DEM) pela Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel), Associação Goiana de Rádios Comerciais (Agora) e Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Estado de Goiás (Sert-GO).

Em um dos ofícios, a Abratel – que há mais de 20 anos representa radiodifusores de som e imagens – menciona a pandemia do novo coronavírus como argumento que embasa a importância da retomada da licitação de publicidade. “À luz desse cenário, com a finalidade de conter o espalhamento da Covid-19, é imprescindível uma atuação mais incisiva das autoridades políticas, seja por meio de medidas estruturais […], seja por intermédio da realização de publicidade institucional massiva”, destaca.

Em outro trecho, o presidente da Abratel, Márcio Novaes, diz que os atuais governadores “possuem o dever de realizar campanhas publicitárias institucionais para informar, orientar, recomendar, dissuadir, explicar e evitar fake news sobre a doença e sua propagação”. E ainda que, no caso da pandemia, “a informação correta e de qualidade tem se mostrado primordial para que a disseminação da doença e o número de óbitos sejam reduzidos”.

Já a Agora, representante de 88 emissoras, alerta no documento que o contrato de serviços de publicidade, firmado com a Secretaria de Estado de Comunicação (Secom), venceu no último mês de abril. O cancelamento da nova licitação de publicidade, e a falta de previsão para sua retomada, coloca em risco os veículos comunicação que se planejaram para participar do edital.

“Todos os segmentos participantes da atividade publicitária estão inseridos no cenário de crise econômica, advindo como consequência das medidas de isolamento social. E a ausência de um contrato para a realização dos serviços de publicidade possui um caráter preocupante para o nosso segmento”, escreveu o presidente da entidade, José Luiz Martins de Araújo, pedindo urgência na análise do caso.

Já o Sert-GO chamou a atenção para o caráter essencial do trabalho realizado pelas rádios e TVs, especialmente diante do cenário de pandemia. “A comunicação já se consolidou e precisa continuar entre as atividades essenciais do período e, cada vez mais, deve ser prioridade na estratégia de enfrentamento da crise e do pós crise”.

O presidente do sindicato, Guliver Augusto Leão, ainda mencionou que os veículos têm o poder de alcançar dezenas de municípios. “Investir em campanhas e publicidades de caráter de orientação social é a melhor maneira de atingir diversos públicos e estabelecer uma conexão real com o cidadão”, completou.

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