Caiado deve ser publicar decreto prevendo matriz de risco semelhante a de Anápolis

Governador teria reservado essa intenção a prefeitos, já que o modelo é visto como a melhor forma de compartilhar a responsabilidade do combate à pandemia com a sociedade

Danilo Boaventura Danilo Boaventura -

Previsto para ser publicado nesta quinta-feira (14), o novo decreto de Ronaldo Caiado (DEM) para aumentar o índice de isolamento social em Goiás não saiu.

Mais cedo, em entrevista à rádio CBN Goiânia, governador reclamou da falta de apoio à iniciativa, mas disse que não ficaria imóvel diante da situação.

“As pessoas estão confundindo a quarentena com férias”, disse ao comentar a recente lotação de várias cidades turísticas do estado.

“O estado demorou mais de 30 dias para chegar aos 100 casos e, somente ontem, registrou 100 casos em 24h, […. mas] não vou me omitir”, acrescentou.

Para Caiado, a responsabilidade pela fiscalização dos estabelecimentos que estão descumprindo as medidas contra a aglomeração de pessoas é dos municípios e o Governo do Estado só participa colocando a Polícia Militar à disposição.

Reservadamente, a prefeitos, o governador disse que o decreto dele deve sair na próxima segunda-feira (18). O mais provável é que ele adote a chamada “Matriz de Risco” do Ministério da Saúde para determinar o nível de quarentena no estado. A Prefeitura de Anápolis foi uma das primeiras no país a implementá-la.

Funcionamento

Dividido em leve, moderado e grave, o modelo serve para passar previsibilidade e já é visto como a melhor forma de compartilhar a responsabilidade do combate à pandemia com a sociedade local.

O status leve indica que é baixa a possibilidade do avanço da doença. Nessa situação, praticamente todos estabelecimentos poderão funcionar desde que observadas as medidas de segurança e distanciamento mínimo entre pessoas.

No moderado, os setores mais propensos a aglomerações terão de paralisar. Significa que o uso dos leitos de UTI exclusivos para pacientes com Covid-19 está aumentando e que, se persistir assim, o sistema público de saúde pode entrar em colapso.

Já no crítico esse grau foi alcançado e o risco de contágio da doença obrigará que todos fiquem em casa.

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