Bispo afasta padre por ‘celebrar a cultura gay’ e estar ‘causando escândalo’

Ele também foi proibido de dar entrevistas e fazer uso de qualquer veículo de comunicação até 2023

Caio Henrique Caio Henrique -

O padre Vicente Paula Gomes, que ministra no município de Assis (SP), foi afastado dos exercícios da Igreja Católica após celebrar um casamento homoafetivo no final do ano passado.

A decisão é do bispo diocesano da cidade, Dom Argemiro de Azevedo, e divulgada nesta quarta-feira (27) através de um documento intitulado “preceito penal”.

Nele, o bispo ressalta que a decisão foi tomada após “séria e amadurecida reflexão” e que se fez necessário o afastamento por conta da “má conduta na ação celebrativa” que teria “incentivado a cultura gay e gerado escândalo”.

O escândalo referido diz respeito à grande repercussão que o caso ganhou nos meios de comunicação de todo o país.

Vale ressaltar que o padre ainda prestou um depoimento dizendo estar “arrependido” pelo ato – que foi considerado “inconsequente” no documento – mas não foi o suficiente.

Seguindo a lógica do nome do informativo, a ‘pena’ aplicada ao pároco foi o afastamento de qualquer exercício da Igreja até o dia 07 de dezembro deste ano.

A partir do dia 08 ele terá liberação para celebrar qualquer atividade, exceto a união matrimonial – direito que só será recuperado depois de um ano e a realização de um curso sobre o casamento.

Mas as punições não acabam por aí.

O sacerdote está proibido por três anos, até dezembro de 2023, de dar entrevista ou participar de qualquer programa televisivo, de rádio ou internet, assim como de fazer uso de qualquer rede social ou instrumento de comunicação para opinar ou ministrar normas da Igreja Católica.

O documento, na íntegra, pode ser lido aqui.

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