Após lockdown, Anápolis vê queda na ocupação de leitos e deverá ter decreto mais flexível

Medida foi anunciada pela Semusa que, além de apresentar gráfico mostrando a curva, também deu direcionamento de quais devem ser as próximas ações

Denilson Boaventura Denilson Boaventura -
Anápolis durante o lockdown. (Foto: Bruno Velasco/Secom)

Os números de casos, óbitos e internações graves começam a dar indícios de que a segunda onda da Covid-19 pode estar declinando em Anápolis. Assim como todo o país, a cidade viveu em março o pior mês desde o início da pandemia.

Técnicos da área da saúde já diziam que era o chamado “pico da onda” e que logo em seguida viria o início da queda. Ao que tudo indica, depois de dois lockdowns (um determinado pela Prefeitura e outro pelo Governo), ela chegou e começa a aliviar a pressão no sistema municipal de saúde.

Nos últimos dez dias, a ocupação dos leitos de UTI exclusivos para pacientes de Anápolis caiu de 89 para 60 leitos ocupados. Tendo em vista que a cidade conta com 93 leitos desta natureza, a ocupação hoje seria de aproximadamente 65%.

A equipe da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) analisa que um dos principais motivos da queda foram as ações restritivas do mês de março. Júlio Spindola, titular da pasta, lembra os reflexos de uma medida restritiva no sistema de saúde acontecem dias, ou até semanas, após as ações.

(Divulgação/Semusa)

“Se o município não tivesse tomado medidas mais duras durante a segunda onda em março, os números mostram que o resultado poderia ser catastrófico. Hoje, os dados mostram que as medidas ajudaram a controlar a segunda onda”, diz o secretário municipal de saúde.

A expectativa agora fica por conta de um novo decreto por parte do Executivo Municipal. Na próxima quarta-feira (14), encerra-se o ciclo de 14 dias previsto no revezamento 14×14 e, portanto, se o município seguir acompanhando o Governo do Estado, as atividades econômicas voltam a ter restrições mais severas.

Porém, com essa recente estabilização no sistema de saúde e os novos dados apresentados, existe a possibilidade que Anápolis volte a adotar a matriz de risco municipal.

Esta estratégia define que uma ocupação de leitos de UTI abaixo de 90% – como é o caso agora – coloca Anápolis no risco moderado, que tem regras parecidas com o que a cidade está seguindo hoje. Segundo a Semusa, a equipe técnica da pasta vai se reunir para avaliar o cenário e tomar as decisões.

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