Juíza de Anápolis deixa a magistratura para viver ‘vida simples e cuidar dos filhos’

Dayana Moreira aponta a pandemia como processo de reflexão e conta que agora está até curtindo fazer atividades domésticas

Caio Henrique Caio Henrique -
(Foto: Reprodução)

Muitos estudantes do curso de direito sonham em algum dia conseguirem chegar no cargo de juiz, uma das maiores posições do ranqueamento profissional da área.

Entretanto, Dayana Moreira Guimarães, de 39 anos, que atuava no 2º Juizado Especial Cível da comarca de Anápolis, resolveu dar um passo para trás na sequência da carreira que estava sendo construída no Judiciário pelas últimas duas décadas.

Na última terça-feira (14), o desembargador Carlos França exonerou Dayana do posto, a pedido da própria mulher, que optou por deixar de lado a profissão de magistrada.

Ao Metrópoles, ela explicou que apesar de “muito difícil”, a decisão foi tomada por um “propósito de Deus”.

Na entrevista, a mulher explicou também que a paz e o senso de justiça que as pessoas buscam não podem ser oferecidas pelo homem, apenas pela divindade.

A pandemia do novo coronavírus e o tempo perto da família, especialmente o casal de filhos, ainda crianças, foram fundamentais para fazer a ex-juíza repensar as prioridades.

Ela detalhou receber vários sinais no período em que se aproximava do retorno ao trabalho, até perceber que realmente se tratava da melhor decisão.

Agora, Dayana leva com orgulho a vida de alguém inteiramente dedicada ao lar.

“Eu passo roupa, lavo vasilhas. Falava antes que lavar vasilha, para mim, está sendo terapia. Hoje estou vendo prazer nas pequenas coisas. Falo isso com orgulho, não como vergonha. Tenho esse privilégio de fazer almoço para meus filhos, o que nunca fazia antes”, contou.

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