Seis lendas urbanas de Goiás que dá medo só de ler

Portal 6 buscou histórias que ainda circulam pelo imaginário de quem mora sobretudo no interior do estado

Karina Ribeiro Karina Ribeiro -
Ao fundo, igreja de Frei Estevâo, onde reza a lenda da serpente. (Foto: Divulgação)

O Dia das Bruxas está chegando aí e, além das brincadeiras, fantasias e travessuras, vêm à tona também histórias.

As lendas urbanas costumam ter caráter sensacionalista, folclóricas e fabulosas até. Mas uma coisa é certa, são daquelas prosas boas de rodas de amigo, capazes de girar o mundo e passar de geração em geração.

Com essa pegada, o Portal 6 selecionou seis boas lendas urbanas que rodam pelos quinhões de Goiás.

1 – O Fantasma de Maria Grampinho

A Cidade de Goiás remete a Cora Coralina, à vida simples e arquitetura própria, mas tem história de arrepiar os cabelos também.

Lá vivia Maria da Conceição, andarilha e, por sinal, era amiga da mulher mais famosa de Goiás.

Mas para o imaginário das crianças, ela era aquela que assustava por conta dos maus comportamentos.

Isso porque se dizia que ela colocava os meninos levados dentro de uma trouxa misteriosa. Pensa que a história teve fim.

Nada disso, até hoje, anos após o falecimento da mulher, Maria ainda leva a fama de levar as crianças mal criadas.

2 – As almas penadas do Martin Cererê

Palco de diversos shows de entretenimento e já muito frequentado pela moçada goiana, o Martin Cererê faz parte do lado b de uma história.

Há quem diga que existiam abrigos antiaéreos contra ataques nucleares e que também tinha grandes caixas d´agua.

Entretanto, foram utilizadas para torturar presos durante a Ditadura Militar e muitos não saíram de lá vivos.

Daí já começa outro ‘causo’, frequentadores juram que as almas dessas pessoas torturadas ficam zanzando pelo teatro que, antigamente, eram onde ficavam as caixas d´agua.

3 – A serpente perigosa e centenária de Formosa

Essa é forte. Frei Estevão fez uma visita ao município de Formosa, no Entorno de Distrito Federal no início do século passado.

Um pouco acima da Rua dos Crioulos havia sido construído uma capela – que ficava exatamente em cima de um rio subterrâneo de correntezas fortes.

Lá também existia uma serpente muito grande. Há quem diga que chegava a uma légua de cumprimento.

Por fim, a capela foi demolida, onde foi construída uma igreja – que foi chamada de Igreja de Santo Estevão.

Os moradores dizem que colocando o ouvido próximo à sacristia, podia se ouvir atentamente o barulho das águas e o balançar da serpente tentando se soltar.

A igrejinha foi demolida em 1910, mas dizem que a serpente está viva e amarrada lá até hoje.

Além disso, se alguém cortar o coqueiro onde ela encontra amarrada ou mesmo se o fio de cabelo de Nossa Senhora da Conceição se quebrar, e vai pode se revoltar e arrasar a cidade inteirinha.

4 – Os Pé-de-garrafa

Ele só aparece à noite na área rural de Pirenópolis. É no escuro da noite sem lua, por entre as árvores da mata, que os gritos ecoam pra tudo quanto é lugar.

Os passos, dizem os antigos, tuc…tuc…tuc… são como pilão socando o chão. Matutos experientes afirmam que quando os Pé-de-garrafa pegam uma pessoa de jeito, espanca drasticamente ao ponto de estraçalhar.

Aliás, o nome do dito cujo é por conta do formato de suas pernas. São pequenas e unidas numa só – tomando o formato de uma garrafa.

São morenos da cor de terra, possuem cabelos desgrenhados e boca grande. Eles moram nas locas das pedras grandes e se alimentam de ervas e animais.

5 – O Arranca língua

Essa é lá da banda do Rio Araguaia.

Essa lenda urbana fala de um ser gigantesco – muito maior que um gorila.

O nome da peste não é à toa – ele se alimenta de….. línguas. Isso mesmo!

E está pensando que é língua de gente? Não, só de gente não. Vai de tudo: cabras, bode, gente e bois. Como não poderia ser diferente, ele só ataca sob o anonimato da escuridão.

6 – Romãozinho

Essa aí é a versão  goiana mais pesada do Saci-pererê. De espírito inquieto e muito assustador, Romãozinho  atenta no formato de uma criança feia, deformada e que vem mesmo é pra tocar o terror.

Dizem que mesmo antes de aprender a falar, sabia bem morder a mão de quem tentava qualquer tipo de contato.  A mãe sofria com as mordidas nos seios na hora de amamentar.

Um pouco maior, atormentava os animais, destruía as plantas.

Existem versões de que teria matado o pai de susto. Já outras, que a mãe teria amaldiçoado o filho por ter matado o pai.

Existe aquela que o menino vira uma tocha de fogo. Já outros dizem que o menino é tão ruim que foi rejeitado pelo céu e pelo inferno e, por isso, vaga o mundo assustando as pessoas.

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