Informalidade já representa quase 50% de toda a força de trabalho em Goiás e a situação deve piorar

Dados são do IBGE, que também mostra que a população está cada vez mais pobre. Economista ouvido pelo Portal 6 defende políticas de transferência de renda durante este cenário

Karina Ribeiro Karina Ribeiro -
Comércio de rua durante a pandemia do novo coronavírus. (Foto: Ricardo Wolffenbuttel)

A notícia não é boa, mas não deixa de ser esperada. O nível de informalidade em Goiás atinge quase 42% de toda a força produtiva no terceiro trimestre de 2021 ao se comparar com o mesmo período do ano passado.

Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que também mostra que a população está cada vez mais pobre após uma retração de 4,9% na renda.

Em conversa com o Portal 6, o economista Cecílio Daher lembrou que a situação é preocupante e inevitável devido à pandemia.

“É de se esperar. Com o momento em que estamos vivendo, como reflexo da pandemia. As pessoas estão desempregadas, mas precisam defender o seu sustento de alguma forma”.

Na prática, são mais de 1,4 milhão de goianos que trabalham hoje sem carteira assinada – uma elevação de 3,8% se comparado ao primeiro trimestre de 2020.

A renda dos goianos também sofreu revés. Se agora, o provento médio gira na casa de R$ 2.363, há um ano esse valor médio era de R$ 2.485.

“É um movimento mundial. A inflação não está só no Brasil, nem em Goiás”, ponderou Daher.

A tendência é de que a economia do estado continue pressionada pelos próximos meses por conta da pandemia, inclusive, por conta do surgimento da nova variante Ômicron.

“Podemos conseguir reverter mais para frente, mas políticas públicas de transferência de renda serão importantes durante esse período”, apontou.

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