É um desastre”, diz Mauro Rubem sobre revisão do Plano Diretor de Goiânia

Vereador do PT conseguiu na Justiça paralisar a tramitação do projeto, que agora só deve ser discutido em 2022

Augusto Araújo Augusto Araújo -
Mauro Rubem (PT), Vereador de Goiânia. (Foto: Reprodução/Facebook).

“O plano diretor atual é um desastre”. Esse é o sentimento do vereador Mauro Rubem (PT), após ter pedido aprovado pela Justiça para suspender a votação do projeto do Plano Diretor de Goiânia (PDG).

O petista aponta que o documento possui emendas que agravariam questões ambientais no município e a aprovação do texto criaria ainda mais problemas para a sociedade goianiense.

“Esse Plano vai piorar ainda mais os alagamentos, engarrafamentos, a situação dos ônibus fica ainda mais difícil de se resolver. Tem que se debater pelo menos uns 20 temas”, argumentou ao Portal 6.

O petista justifica que a decisão jurídica tem como objetivo ampliar as discussões acerca do documento, trazendo a população para essa seara.

“A prefeitura formou uma comissão com alguns vereadores, técnicos e empresários do ramo imobiliário, sem dar espaço para o povo participar da análise do projeto inicial. É uma atitude irresponsável, que vai contra o interesse da própria sociedade”, criticou o vereador.

Segundo Mauro Rubem, o projeto, que estava em análise pela comissão desde agosto de 2020, ficou parado por seis meses, sem haver revisão de mais de 200 emendas acrescentadas ao texto, e agora quer resolver às pressas.

“Me estranha essa atitude da prefeitura, essa vontade de ‘passar a boiada’. O Plano Diretor tem que ser construído junto com a população, pois é de interesse dela”.

Outro ponto preocupante ressaltado pelo vereador é o fato do PDG possibilitar que o dono de uma zona rural possa urbanizar a área própria, pagando uma taxa mínima, sem respeitar o planejamento do perímetro urbano, algo inconstitucional, segundo o petista.

Através do adiamento da votação do documento final do Plano Diretor, o vereador acredita que haverá tempo para aprimorar ainda mais o debate acerca das questões propostas no texto.

Mauro estima que a discussão sobre a revisão das emendas seja feita entre fevereiro e abril de 2022.

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