7 pessoas já morreram em Anápolis aguardando cirurgias cardíacas

Portal 6 apurou que há 100 em fila de espera e 40 aptas para os procedimentos, mas há empecilhos

Caio Henrique Caio Henrique -
Imagem de centro cirúrgico. (Foto: Reprodução/ HEG)

O ano já é “novo”, porém, parte da população de Anápolis ainda sofre com um problema muito antigo.

Isso porque a fila para a realização de cirurgias cardíacas através do Sistema Único de Saúde (SUS) segue estagnada, mesmo com alguns avanços que, em teoria, seriam suficientes para dar sequência aos procedimentos.

O Portal 6 apurou que o número de pacientes na lista de espera chegou a 100, mas sete destes, infelizmente, já faleceram enquanto aguardavam a conclusão dos requerimentos.

Outras 40 pessoas, entretanto, já se encontram prontas para adentrar a sala de cirurgia, com todos os exames e documentos em dia.

Durante os últimos meses, foram vários os obstáculos para garantir a realização destes procedimentos de cunho cardíaco, sendo o principal deles a falta de recurso para arcar com os oxigenadores – materiais de suma importância na condução das operações.

Após uma negociação do Ministério da Saúde, foi divulgada uma portaria oficial confirmando a aquisição de todos os produtos e materiais necessários para as cirurgias em Anápolis.

A peteca, então, ficou na mão da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), responsável por encaminhar ao Hospital Evangélico Goiano (HEG) as guias de liberação e regulamentação da Autorização de Internação Hospitalar (SIH).

Esta é, no momento, a única pendência causando o entrave do processo.

A reportagem buscou posicionamento da Semusa e, em síntese, a pasta sustentou que “as cirurgias cardíacas precisaram passar por uma readequação no processo de aquisição a fim de atender a todas as prerrogativas legais e manter a transparência no uso do dinheiro público.”

Veja a nota na íntegra.

“A Secretaria Municipal de Saúde informa que as cirurgias cardíacas com uso de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME) precisaram passar por uma readequação no processo de aquisição a fim de atender a todas as prerrogativas legais e manter a transparência no uso do dinheiro público.

Após consultas ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), a Secretaria Estadual de Saúde (SES) e o Ministério Público a fim de definir a forma correta de pagamento da diferença entre os valores repassados pelo Ministério da Saúde e o complemento do município, chegou-se a uma forma que atenda a demanda com aprovação do Conselho Municipal de Saúde.

As OPMEs já estão sendo adquiridas permitindo a liberação das cirurgias. A concessão das AIHs (Autorização de Internação Hospitalar) é de responsabilidade da Regulação Municipal como medida para garantir a lisura, transparência e o distanciamento legal de todos os profissionais envolvidos na cirurgia.”

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