Se arrastando há meses, decisão sobre nova tarifa do transporte público em Anápolis depende de última reunião

Vários fatores provocam o atraso na definição do valor. Por contrato, reajuste pode ser solicitado anualmente pela Urban

Caio Henrique Caio Henrique -
Terminal Rodoviário Urbano, em Anápolis. (Foto: Bruno Velasco)

A definição do preço da passagem de ônibus em Anápolis vem sendo, desde o último ano, uma das maiores novelas do município.

Em entrevista exclusiva ao Portal 6, o presidente da Agência Reguladora Municipal (ARM), Robson Torres, explicou que terá uma reunião, na próxima terça-feira (11), com o secretário de Economia e também com o presidente da Companhia Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT).

A síntese de todas as tratativas discutidas será encaminhada diretamente ao prefeito Roberto Naves (PP), responsável por bater o martelo nesta questão.

“Estamos estudando todas as formas de que a população mais carente não sofra qualquer impacto no preço, ainda que tenhamos que criar algum tipo de projeto de tarifa social ligado à Secretaria de Assistência Social. A ordem do prefeito é socorrer e amparar os trabalhadores e a população mais vulnerável.”, afirmou Robson.

Segundo ele, a ARM já até entrou em contato com a secretaria, para ver a possibilidade de alguma medida do tipo, a favor da parcela da população anapolina menos favorecida.

Esta reunião deve aparar as arestas e definir um novo valor – que ainda não foi estimado – deixando a novela cada vez mais próxima de uma conclusão.

Dificuldades

Por contrato, a Urban tem direito de pedir um reajuste na tarifa anualmente, no mês de junho. A medida é necessária para se adequar às mudanças na planilha de custos da empresa durante o respectivo ano, como nos casos de readequação salarial dos funcionários, aumento do gasto com as frotas, manutenção, combustível, etc.

Todas estas coisas acabam transparecendo no valor da passagem, já que em Anápolis não existe nenhuma medida compensatória do preço tarifário. Ou seja, qualquer custo precisa ser bancado pelo próprio usuário, através do pagamento para ingressar no transporte público.

Durante a pandemia da Covid-19, os valores a serem pagos pela Urban tiveram um aumento exponencial, que é justamente a causa de toda a demora e dificuldade no processo de definição do novo valor, que se arrasta até os dias de hoje.

Para compensar a planilha de gastos, o novo preço deveria ser de R$ 7,63 – o que representa um percentual 79% maior que a atual cifra de R$ 4,25. Para evitar isso, a ARM, representando a Prefeitura, embarcou em uma jornada na tentativa de articular formas que diminuíssem, ao máximo, o valor final.

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