Cresce o temor de que gasolina chegue a R$ 8 em Goiânia

Sindiposto se baseia em três pontos chaves para elevação do preço do produto

Augusto Araújo Augusto Araújo -
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(Foto: Marcello Casal Jr. Agência Brasil).

O temor do aumento da inflação nos combustíveis já bate na porta de clientes em Goiânia há algum tempo. Preços de até R$7,49 pelo litro da gasolina já são encontrados na capital goiana.

Pessimistas, as projeções do setor indicam que esse valor deve disparar nos próximos meses. O Portal 6 conversou com o presidente do Sindiposto em Goiás, Márcio Andrade, que explicou os fatores que podem influenciar na variação de custos  daqui para frente.

O primeiro deles é a decisão de descongelar a incidência do ICMS nos produtos do petróleo. Ela deve fazer o preço desses artigos dispararem a partir do dia 1º de fevereiro, data estabelecida para o fim da medida iniciada em outubro.

Inclusive, o governador Ronaldo Caiado (DEM) chegou a se pronunciar nesta quinta-feira (20), afirmando que iria trabalhar para que o congelamento seja mantido no estado de Goiás – o que pode dar uma arrefecida, mas está longe de ser o único item a ser considerado.

Em seguida, o preço do barril de petróleo internacional é outra variável que gera pressão nos gastos. “[No último dia 18] o valor chegou a $88, quando antes estava na faixa de $77”, explicou Márcio.

Com a aumento do custo do insumo, a Petrobrás, estatal responsável por distribuir combustível no país, acaba acompanhando a tendência global e repassa o acréscimo para suas mercadorias.

Outro fator que influencia é a cotação do dólar. Com a desvalorização do real acaba tornando os produtos mais difíceis de serem acessados no Brasil. Nesta quinta-feira (20), a moeda dos Estados Unidos estava cotada em R$5,40.

Redução de preços

O presidente do Sindiposto Goiás explicou que, no momento, não há alternativas sustentáveis que possam ser aplicadas a curto prazo para evitar a inflação nos combustíveis.

“Mas a médio e longo prazo, uma reforma tributária para desonerar o volume de impostos cobrados no petróleo, que é um produto essencial, poderia ajudar”, apontou.

Além disso, Márcio destacou que se houvesse mais competidores no refino e distribuição de combustíveis no Brasil, para fazer frente à Petrobrás, poderia forçar um preço mais justo nas mercadorias.

“Mas hoje, praticamente não tem concorrência. A Petrobrás faz o refino de tudo que é consumido no Brasil”, complementou.

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