Com progressão de Covid-19 prevista para próximos meses, número de internações gera preocupação

Em Goiás, taxas de ocupação entre leitos pediátricos beiram 100%. SES não planeja aumentar número de vagas

Augusto Araújo Augusto Araújo -
Secretaria Estadual da Saúde já registrou 25 mortes por Covid-19 em 2024 (Foto: Divulgação/Governo de Goiás).

Os especialistas são quase unânimes: devido à facilidade de transmissão da variante ômicron, uma progressão de casos de Covid-19 deve continuar em Goiás nos próximos meses, o que gera preocupação sobre o número de internações nos hospitais.

O principal alerta é entre os leitos pediátricos. Nas unidades de saúde da rede estadual, a taxa de ocupação entre crianças com coronavírus é altíssima.

No início da tarde desta segunda-feira (31), 97% das 30 vagas para enfermaria infantis estavam ocupadas e apenas duas das 21 camas para UTI estavam disponíveis para a população.

Em relação aos demais leitos para adultos na rede pública e privada, a taxa de ocupação também é preocupante. 84,2% das vagas para UTI e 42,5% das enfermarias voltadas para Covid-19 estavam indisponíveis.

Em nota ao Portal 6, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) afirmou que não planeja abrir novos espaços para internação na rede estadual, mas que opera uma estratégia para receber os pacientes com a doença.

“A pasta realiza a transferência de leitos gerais para leitos para Covid-19 em blocos de dez e em alas dedicadas e isoladas, de forma a manter o nível de ocupação em torno de 85% – a exceção é o Hospital Estadual de Luziânia, ainda exclusivo para atendimentos de casos de infecção pelo coronavírus”.

O médico infectologista Marcelo Daher concordou com esse sistema de rodízio praticado, afirmando à reportagem do Portal 6 que ele tem funcionado para suprir a demanda atual.

Contudo, ele destacou: “A gente ainda está em progressão de casos. Se ela continuar e o aumento de internações também, provavelmente vai precisar voltar a abrir leitos exclusivos para Covid ou mais leitos”.

A SES também pontuou que a principal solução para o combate ao coronavírus está na vacinação e cuidados de prevenção, não no aumento da oferta de vagas.

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