Vereador de Goiânia se veste de palhaço e afirma merecer “chibatadas” por votar a favor de projeto que aumentou o IPTU

Durante a performance, parlamentar foi apresentado na Casa de Leis por um 'locutor de circo', que o definiu como "enganado, traído e humilhado"

Karina Ribeiro Karina Ribeiro -
Vereador se vestiu de palhaço e fez malabares na Câmara Municipal. (Foto: Captura)

Aos 31 minutos da sessão plenária da Câmara Municipal de Goiânia desta terça-feira (01), uma cena para lá de inusitada foi registrada. O vereador Sargento Novandir (Republicanos) entrou no plenário vestido de palhaço, com direito a nariz vermelho e apresentação de malabarismo.

Enquanto isso, através de vídeo lúdico, um locutor fazia as ‘honras da casa’: “senhoras e senhores, respeitável público. Prazerosamente, carinhosamente, respeitosamente, apresento o vereador Novandir, no qual (SIC) foi enganado, traído, humilhado e feito de palhaço”.

Durante discurso, após cumprimentar os presentes, ele afirma que esse é o sentimento como parlamentar. “E não é o somente o meu sentimento, mas do povo. De ter sido enganado, sido traído. Eu não votei projeto de lei de aumento de ITU e IPTU. Eu votei num projeto de lei para fazer justiça social”, diz.

A pegada circense ganha corpo e vai ao encontro de ponderações recentes de vereadores que se dizem enganados pelo Novo Código Tributário de Goiânia – que eleva em até 45%, além da inflação, o valor do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).

Para exemplificar, Novandir apresentou problemas estruturais do Residencial Elizene Santana. “Lá, muitas vezes, não é possível colocar ou tirar o carro da garagem, por conta de erosão. O valor do IPTU chega a R$ 1,2 mil”, diz.

Ao comparar, diz que mora em um condomínio fechado no Jardim Guanabara II e paga R$ 218 pelo tributo.

Ainda transtornado, o parlamentar retira a fantasia e afirma que, dali em diante, nunca mais fará papel de palhaço e que jamais votará um projeto sem estudá-lo profundamente. Que prefere se abster ou se posicionar contrário a algo que pudesse prejudicar o goianiense.

Para finalizar a performance de forma apoteótica, o vereador tira o próprio cinto e diz merecer umas ‘chibatadas’ pelo erro, involuntário, que cometeu.

Ele ainda coloca a arma sobre o púlpito e consegue a ajuda de um colega, que ensaia as cintadas sob pedidos de “mais forte, vereador, mais forte”.

Assista toda a cena a partir do minuto 31.

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