Mãe tentou buscar garotinho assassinado por madrasta em Goianésia e foi impedida pelo pai, diz família

Campanha também precisou ser realizada para que o corpo de Davi fosse sepultado na cidade da genitora

Lucas Tavares Lucas Tavares -
Davi Luís Rosa, de 07 anos, gravemente agredido pela madrasta em Goianésia. (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)

O corpo do menino Davi Luís Rodrigues Rosa, de 07 anos, que morreu na quarta-feira (16) após ser gravemente agredido pela madrasta, em Goianésia, foi sepultado na tarde desta quinta (17), em Silvanópolis, no Tocantins.

O corpo dele chegou no município, onde toda a família materna mora, por volta das 10h, e a cerimônia de despedida ocorreu na casa da mãe dele, Ana Carla Rodrigues Neres.

Em entrevista ao Portal 6, a genitora, extremamente debilitada, relatou que só foi possível fazer o traslado para cidade dela por conta do apoio de várias pessoas, que se mobilizaram através de doações e teriam arrecadado cerca de R$ 6 mil.

A reportagem também conversou com Daniele Rodrigues, que é tia de Davi e irmã de Ana. Segundo ela, o garotinho sempre foi muito dócil e brincalhão, mas precisava ficar entre a casa da genitora, em Silvanópolis, e do pai, em Goianésia.

“Ele ficava um ano com cada um deles, porém, na última vez que minha irmã tentou buscá-lo, o pai se recusou a levar o menino”, afirmou.

Daniele confirmou ainda que a tentativa de Ana de ter o filho de volta aconteceu poucos dias antes do Natal, após ligações da madrasta que teria reclamado que não queria mais a criança perto deles.

O caso

A morte de Davi repercutiu fortemente em Goiás e Tocantins nas últimas horas. Ele teve o óbito confirmado na madrugada de quarta (16), depois de dar entrada no Hospital Municipal de Goianésia com hematomas no pé, um afundamento na região do crânio e possível fratura na região torácica.

O pai, na ocasião, relatou que saiu para trabalhar na segunda (14) e tudo estava bem. Ao retornar, mais tarde, o menino já apresentava uma dor na barriga, que persistiu até terça (15).

Identificado como André Luís Rosa, de 25 anos, ele não teria prestado assistência imediata à criança porque perguntou se o garotinho queria ir ao hospital e recebeu uma resposta negativa. Davi só foi socorrido depois de acordar vomitando na madrugada, mas foi tarde demais.

A madrasta, Vanária Rodrigues, e o pai, André Luís Rodrigues. (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)

Ao saber da morte, a madrasta, Vanária Rodrigues da Silva Rosa, de 25 anos, se desesperou e confessou à Polícia Militar ter empurrado o enteado, que se chocou contra a parede, e desferido dois chutes na região abdominal dele.

Um laudo emitido pelo Instituto Médico Legal (IML) teria apontado que foram os chutes que fizeram com que o menino fosse acometido por uma infecção generalizada, o que provocou o óbito.

As investigações ainda estão em andamento e Vanária e André permanecem presos. Eles poderão ser indiciados por homicídio.

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