Volta às aulas presenciais na UFG e PUC divide sentimento entre estudantes

Enquanto alguns alunos celebram o novo momento, outros encaram ansiedade ao enfrentar salas de aula lotadas: "O isolamento mexeu muito com o meu psicológico"

Augusto Araújo Augusto Araújo -
Biblioteca Central do Campus Samambaia da UFG. (Foto: Divulgação/UFG)

Após quase dois anos afastados das atividades presenciais, os alunos da Universidade Federal de Goiás (UFG) e da Pontifícia Universidade Católica (PUC) voltam a frequentar os campi e prédios das instituições de ensino.

Contudo, o clima entre os estudantes está dividido entre a euforia de reencontrar colegas  e conhecer gente nova, e o temor de voltar a frequentar espaços com muitas pessoas.

Quase formando em História na UFG, Filipe Franco, de 24 anos, destacou que sentimento entre os colegas era de ansiedade para voltar, mas que muita gente ainda não tem condições de acompanhar presencialmente.

“Até os professores, em algumas matérias, foram compreensíveis com quem ainda não pôde vir. A volta está sendo esperançosa, mas no limite do possível”.

O estudante destacou que ainda sentiu o campus vazio, com os alunos também mais fechados em rodinhas e evitando aglomerar com outras pessoas.

Pegando as primeiras atividades presenciais em 2022, a estudante de medicina veterinária Maria Clara Rosa, de 21 anos, destacou esse sentimento positivo quanto ao momento atual.

“Todo mundo estava muito ansioso e animado pra realmente começar a faculdade dentro da faculdade e não em casa. Eu me senti aliviada, muito mesmo”.

Nas salas de aula e no campus, ela destacou que há também diversos cartazes orientando sobre medidas de biossegurança e borrifadores de álcool para higienização.

Contudo, ela pontuou: “Assim como a gente vê nas ruas pessoas usando a máscara de forma errada, também vê bastante na faculdade. Alguns funcionários brigam quando alguém está sem máscara, mas é raro chegar a chamar atenção das pessoas”.

No sexto período de medicina na PUC, a estudante Maria Clara Arbués, de 22 anos, destacou que as atividades ambulatoriais já haviam retornado em 2021, com diversas medidas de segurança e que muita coisa mudou agora.

“Minha rotina de higienização era estressante e detalhada, sem falar que tínhamos rodízio de turmas com no máximo 4 pessoas no ambulatório do hospital, para não acumular gente”.

Neste novo momento, ela disse que se sentiu ansiosa ao encarar novamente os ambientes da instituição lotados, com vários estudantes não cumprindo regras de proteção.

“O isolamento mexeu muito com o meu psicológico e sinto angústia de ficar num espaço lotado de gente na sala de aula. Todo mundo [ no curso dela] estava com saudades, mas também com a saúde física e mental defasadas”.

“Só no hospital tem restrição de pessoas e as medidas básicas de higiene mas a sala de aula voltou ao normal. E na PUC é comum ver vários alunos acumulados sem máscara nós refeitórios”, complementou.

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