Essas são as práticas mais comuns de quem pratica golpes cibernéticos em Goiás

Situação piorou com a pandemia, pois a população passou a acessar mais a internet e consumir produtos digitais

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Golpistas usam nome de Prefeitura de Goiânia para aplicar golpes (Foto: Reprodução)

Durante a pandemia, novos métodos para efetuação de golpes foram reinventados pelos criminosos.

Diante da intensificação no uso das redes sociais, os marginais se aproveitaram das novas tecnologias para difundir os ataques na web.

Em Goiás, a situação não foi diferente e os constantes aparecimentos de vítimas, causou uma percepção de aumento na aplicação de golpes cibernéticos no estado.

Esse entendimento foi confirmado pelo delegado Olemar Mirando Santiago da Delegacia de Estadual de Investigações Criminais que, em conversa ao Portal 6, revelou uma ‘alta’ nas ocorrências contra fraudes digitais.

“De um modo geral, desde o inicio da pandemia, houve um aumento significativo na aplicação de golpes por meio das redes sociais, mas isso não foi só aqui em Goiás e sim em todo o país”, afirma.

Segundo ele, uma das denuncias mais  recebidas é sobre o chamado “Sin Swap” que se trata de uma clonagem do número do chip de celular.

“O mais comum é o chamado “Sin Swap”, que é quando o golpista consegue o acesso ao número de telefone da pessoa, normalmente durante uma consulta na operadora”, diz.

“Eles  se passam pela empresa, pedem alguns dados e conseguem o pin [Número de identificação pessoal], e habilitam ele em outro aparelho celular, que eles tenham acesso, para aplicar os golpes”, completa.

De acordo com o delegado, esse tipo de golpe também possibilita uma nova modalidade de fraude que também está em ascensão no estado, o chamado ‘Golpe do Instagram’.

“Uma das formas do Sin Swap, é que eles conseguem entrar no Instagram e, a partir dai, anunciam itens inexistentes com preços mais em conta do que os encontrados no mercado”, alega.

Uma das vítimas dessa nova peculiaridade foi o supervisor de vendas, Lucas Fabrício Medeiros, 26 anos. Ele foi avisado por amigos de que havia algo ‘diferente’ no perfil dele.

“Eu estava no trabalho e recebi a notícia por meio do Whatsapp de que alguém estava usando a minha conta, porque  começaram a fazer publicação de produtos, que eu não estava vendendo. Ai essa amizade minha, me avisou que minha conta provavelmente tinha sido invadida”, revelou.

Ele detalhou ao Portal 6 que tentou, no mesmo momento, recuperar a conta por meio dos recursos oferecidos pela própria plataforma, mas não teve êxito e acabou perdendo o perfil.

“Eu tentava fazer a recuperação pela plataforma, mas não estava conseguindo recuperar. Tentei entrar em contato com o Instagram e realizei o B.O, mas mesmo assim não consegui recuperar a minha conta”, declara.

O delegado orienta que para evitar ser mais uma vítima desse crime, é necessário que as pessoas fiquem atentas ao produto oferecido e adotem protocolos mais rígidos de segurança que são oferecidos pelas redes.

” É importante criar uma senha de pin para o chip de celular. O ajuste pode ser feito no próprio aparelho e deve ser diferente e único. Além também da necessidade de fazer uma  autenticação em duas etapas”, explica.

“É preciso também se atentar aos preços muito baratos dos produtos. Na hora do pagamento, sempre checar se a conta indicada pela pessoa apresenta dados que correspondem ou não a realidade”, afirma.

 

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