Acusados de matar o jornalista esportivo Valério Luiz enfim enfrentarão júri popular

Crime ocorreu há quase 10 anos e, conforme a acusação, foi motivado por críticas do profissional ao Atlético Goianiense

Pedro Hara Pedro Hara -
Cinco pessoas foram denunciadas pelo MP. (Foto: Atlético Goianiense, Sebastião Nogueira, Fernando Leite, Reprodução Record TV e TV Anhanguera)

Após quase dez anos e dois adiamentos, está marcado para a próxima segunda-feira (14) o início do julgamento dos cinco denunciados do homicídio do jornalista e radialista Valério Luiz, morto em 05 de julho de 2012, em Goiânia.

Jornalista e radialista foi morto em 2012. (Foto: Reprodução)

A sessão será realizada no auditório do Tribunal de Justiça de Goiás, no Setor Oeste e presidida pelo juiz Lourival Machado da Costa.

O autor dos disparos foi Ademá Figuerêdo Aguiar Filho. Além dele, participaram do crime Djalma Gomes da Silva, Marcus Vinícius Pereira Xavier, Maurício Borges Sampaio e Urbano de Carvalho Malta.

Em entrevista a Rádio CBN, o magistrado afirmou que por se tratar de um caso de grande repercussão, houve a escolha por um auditório maior do que aqueles que são usados usualmente.

“Foi cedido pela presidência do tribunal a área onde funciona o pleno do Tribunal de Justiça. Hoje nós temos uma estrutura bem ampla que comporta plenamente a realização deste júri que não tem uma dimensão comum”, explicou.

Além de Lourival Machado da Costa, o julgamento terá a presença dos promotores de Justiça Renata de Oliveira Marinho e Sousa, Maurício Gonçalves de Camargos e Sebastião Marcos Martins, do Ministério Público de Goiás (MPGO) e do advogado Valério Luiz de Oliveira Filho, que participará como assistente de acusação.

Relembre o caso

Valério Luiz foi morto no dia 05 de julho de 2012, por volta das 14h, após sair do local onde trabalhava, na Rua T-38, no Setor Bueno, região Central da capital.

De acordo com as investigações, a motivação para o crime foram as críticas de Valério Luiz ao Atlético Clube Goianiense, time onde Maurício Sampaio era dirigente.

Em meio a boatos de que Sampaio sairia do Atlético, o jornalista afirmou que “nos filmes, quando o barco está afundando, os ratos são os primeiros a pular fora”.

Segundo o relato dos promotores, o comentário deixou o dirigente com a honra ofendida. Diante disso, começou a planejar a morte do jornalista.

Então, em conluio com Ademá Figuerêdo e Djalma da Silva, o crime foi arquitetado. Por manter vínculos de amizade e negócios com Valério Luiz, Urbano Malta auxiliou no delito.

Dono de um açougue próximo ao local do crime, Marcus Vinícius Pereira Xavier foi o responsável por emprestar a moto, capacete e camiseta para Ademá Figuerêdo realizar os disparos. O estabelecimento também serviu para guardar a arma e os celulares utilizados no crime.

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