‘A Prefeitura de Goiânia quer destruir a carreira do magistério’, diz presidente do Sintego

Bia de Lima também afirmou que a categoria também está preocupada com os 108 mil alunos prejudicados e, por isso mesmo, torce para que a situação seja resolvida o mais rápido possível

Augusto Araújo Augusto Araújo -
Bia de Lima é presidente do Sintego. (Foto: Divulgação)

“Quando o Ministério da Educação (MEC) anuncia um percentual de reajuste, não é para um ou outro servidor, é para todos. A Prefeitura de Goiânia quer destruir a carreira do magistério”.

Essa fala é da presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás, Bia de Lima, em entrevista ao Portal 6, realizada na tarde desta terça-feira (15), após o início da greve dos professores da rede.

A cobrança que ela faz é a respeito da proposta de reajuste salarial oferecida pela Prefeitura de Goiânia e Secretaria Municipal de Educação (SME), em negociações com a classe.

Após reunião realizada na última segunda-feira (14), foi apresentada uma proposta de aumento salarial de 33,24% apenas para professores que ganham abaixo do novo piso estabelecido pelo Governo Federal (R$ 3.845,63 em 2022).

Todos os servidores passariam a ganhar o piso. Contudo, os que recebem acima disso teria um acréscimo de apenas 7,5%, o que desagradou a classe de trabalhadores.

“Queremos que se cumpra a lei federal, que confere o reajuste de 33,24% para todos e não apenas para aqueles que ganham abaixo do piso. A prefeitura quer destruir a carreira do magistério”, argumentou a presidente do Sintego.

“Não dá para desconsiderar a lei. Não cumpra o pagamento do IPTU, por exemplo, para ver se o contribuinte não sofre retaliações das mais diversas do município”, complementou.

Em relação aos mais de 108 mil alunos da rede municipal que serão prejudicados com a paralização, Bia de Lima afirmou que há sim uma preocupação para que essa situação seja resolvida o mais rápido possível.

“Buscamos através do diálogo resolver o impasse, mas só de conversa não avança. Precisamos de propostas concretas, o que parece não ser a preocupação da prefeitura, que poderia ter apresentado algo condizente antes”.

Além do piso, o sindicato cobra da prefeitura outras melhorias, como na questão de realização de concursos públicos e melhorias do plano de saúde do município que, segundo Bia de Lima, não tem recursos para atender os beneficiários.

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