Empresa de Anápolis tem vitória na Justiça após ter mais de R$ 90 mil retirado indevidamente de conta

Ao receber a alta quantia, o proprietário da conta ainda se aproveitou para fazer vários saques e pagar boletos

Lucas Tavares Lucas Tavares -
Fórum de Anápolis, na Avenida Senador José Lourenço Dias. (Foto: Denilson Boaventura)

Atualizado às 11h30, do dia 21 de março de 2022, com correção de informações

A justiça bloqueou a conta de um morador de São Paulo que recebeu, por engano, um Pix no valor de R$ 90 mil de uma empresa de ferramentas e ferragens de Anápolis.

A juíza Elaine Christina Alencastro Veiga Araújo, da 3ª Vara Cível, tomou como base para a decisão as alegações, documentos e prints apresentados pelo estabelecimento.

Ao Portal 6, a defesa da empresa revelou que a cliente teve uma conta financeira bloqueada. Ao tentar recuperá-la, precisou clicar em um link para fazer uma selfie e confirmar a própria identidade.

Em menos de um minuto, a vítima recebeu uma notificação que mostrava que um Pix de R$ 90.295,29, que era o saldo total da conta, havia sido feito.

Assim que percebeu a falha e que o valor tinha sido retirado da conta indevidamente, o responsável pela empresa entrou em contato com o banco, que imediatamente conseguiu paralisar as transações do cliente.

Apesar de a atitude ter sido eficaz, o dono da conta beneficiada já havia retirado mais de R$ 12 mil, fazendo saques e pagando boletos.

O estabelecimento buscou a justiça para uma reparação, alegando que sem o valor, a atividade econômica será prejudicada. O caso foi até registrado em boletim de ocorrência como estelionato.

Com a palavra, a empresa de ferramentas e ferragens (que terá o nome preservado)

“Com intuito de esclarecer a matéria publicada anteriormente, a fim de que os seguidores deste portal possam tomar conhecimento da realidade dos fatos, bem como para servir de alerta para outros empresários(as) explico que:

Em primeiro lugar, não há que se falar em PIX por engano, como consta no processo judicial, no dia 09/03/2022 ao acessar pela manhã a conta da empresa (operadora de cartão) que nos fornece o sistema de pagamentos, a conta estava bloqueada, e que, logo na sequência recebemos uma ligação de uma atendente que se passava pela empresa de pagamentos dizendo que para realizar o desbloqueio da conta seria necessário realizar alguns procedimentos de segurança e que um link de acesso seria enviado via SMS, no entanto, após clicar no link a conta foi invadida e um pix foi realizado para um terceiro desconhecido. Graças ao bom relacionamento com o gerente do Banco beneficiário do PIX uma bloqueio cautelar foi realizado, e a agilidade da assessoria jurídica ingressou com a medida judicial cabível que foi distribuída para a Juíza Dra, Elaine Christina Alencastro Veiga Araújo, da 3ª Vara Cível de Anápolis, que em sua decisão concedeu tutela cautelar de urgência para determinar, por meio de ordem judicial, o bloqueio de conta bancária que recebeu PIX. Assim sendo, além de esclarecer a verdade dos fatos, alertamos aos demais empresários e empresárias de Anápolis para que além de buscar uma instituição financeira que ofereça um sistema de pagamentos com maior segurança e confiabilidade, que fiquem atentos para não serem vítimas como ocorreu conosco.”

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