Limitações na legislação eleitoral falaram mais alto para a desistência de Henrique Meirelles

Ex-presidente do Banco Central tinha a pretensão de concorrer ao Senado pelo PSD em Goiás

Danilo Boaventura Danilo Boaventura -
Henrique Meirelles é ex-ministro da Fazenda. (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Muitos podem ser os motivos que fizeram o ex-ministro Henrique Meirelles desistir da candidatura ao Senado por Goiás.

No entanto, o principal deles, conforme apurou a seção Rápidas do Portal 6, foi o engessamento da legislação eleitoral quanto ao financiamento de campanhas.

Meirelles é um dos goianos mais bem-sucedidos do mercado financeiro e estaria disposto a bancar não somente a própria eleição, mas também a de uma rede de apoiadores que unida lhe garantiria estrutura e capilaridade nos quatro cantos do estado.

O valor orçado para tal proeza teria chegado a R$ 30 milhões, cifra que nem de longe faz cócegas na fortuna do ex-presidente do Banco Central.

A empolgação de Meirelles deu lugar à frustração quando um experiente advogado eleitoral de Brasília teria lhe explicado que, legalmente, seria impossível transferir esse volume monetário aos candidatos apoiadores.

Para se ter uma ideia, o limite que ele poderia gastar só com a própria campanha representa pouco mais que 10% desse valor.

Barrados no baile

O deputado estadual, Cairo Salim, e o ex-prefeito de Vianópolis, Issy Quinan, queriam se filiar ao MDB. Encontraram as portas fechadas.

O motivo? A chapa que vai concorrer à Alego já está desenhada e não há espaço para quem tem a expectativa de ter mais de 30 mil votos.

Exclusividade

Vereador que trocou recentemente o União Brasil pelo PRTB, o Policial Federal Suender chegou a conversar com o ex-candidato a prefeito de Anápolis, Márcio Corrêa, para fazerem uma “dobradinha” na eleição desse ano.

No entanto, teria pedido exclusividade, algo que o emedebista mesmo se quisesse não conseguiria atender.

Não pode ainda

Por falar em ex-candidato a prefeito de Anápolis, um deles, que gosta de pedalar e também pretende concorrer às eleições deste ano, tem criado provas contra si mesmo em um grupo de WhatsApp.

O crime? Propaganda extemporânea. Os print’s já são de conhecimento do Ministério Público Eleitoral.

Mesmo pacote

Aliás, as denúncias que lá chegaram se somam a de outro pré-candidato a deputado, que há poucos dias chegou a ser gentilmente convidado a se retirar de um gabinete após surtar e dizer que não queria mais disputar eleição neste ano.

Nota 10

Para Onaide Santillo, por continuar discutindo empoderamento feminino, e ao deputado federal Rubens Otoni pela emenda de R$ 1 milhão à Santa Casa de Anápolis.

Nota Zero

Para os pastores goianos que insistem em defender o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, e dizer que ele está sofrendo “preconceito religioso”.

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