Ciência psicodélica será debatida na conferência Rio2C

Discussão ocorrerá em torno do uso histórico de substâncias para alterar o estado de consciência e do mais recente renascimento psicodélico, com a utilização dessas drogas em estudos para tratamento de doenças mentais

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Cogumelos da espécie Psilocybe cubensis, que contêm a substância psicodélica psilocibina – Divulgação

(FOLHAPRESS) – As pesquisas científicas com psicodélicos estarão presentes em painéis da conferência Rio2C, que começa nesta quarta (27) e vai até domingo (1º) no Rio de Janeiro, em formato presencial.

A primeira dessas mesas no evento será “Ciência psicodélica, cognição e saúde mental”, na sexta (29), no espaço Brainspace, das 11h30 até 12h30.

A discussão ocorrerá em torno do uso histórico de substâncias para alterar o estado de consciência e do mais recente renascimento psicodélico, com a utilização dessas drogas em estudos para tratamento de doenças mentais.

Essas drogas, que englobam psilocibina, ayahuasca, LSD, entre outras, têm sido pesquisadas para aplicação contra uma série de problemas que afetam a saúde mental, como depressão, estresse pós-traumático, dependência química, luto e ainda em cuidados paliativos.

O estudo dessas substâncias começou em meados do século passado, mas acabou paralisado por volta dos anos 1960 e 1970, conforme essas drogas se popularizaram por sua associação com a contestação política.

O debate terá a presença de Fernanda Palhano, pesquisadora da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), de Lucas Maia, pesquisador e professor convidado da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), e de Luís Fernando Tófoli, psiquiatra e cientista da Unicamp. A moderação será feita por Marcelo Leite, colunista da Folha e autor do blog Virada Psicodélica.

No dia seguinte, sábado (30), os papéis se invertem. Leite irá apresentar seu livro “Psiconautas – Viagens com a Ciência Psicodélica Brasileira”, lançado no ano passado pela editora Fósforo. Em seguida, o colunista será sabatinado por Palhano, Maia e Tófoli, que fará a mediação.

A atividade, que também será feita no espaço Brainspace, vai das 11h às 12h.

Na obra, o jornalista explora estudos e apresenta cientistas e pacientes que participaram de pesquisas com as drogas. Além disso, narra suas próprias experiências com psicodélicos.

Por sinal, pelo menos uma fatia da curadoria da sala onde ocorrerão os eventos foi responsabilidade do neurocientista Stevens Rehen, professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e pesquisador do Instituto D’Or, que também se dedica ao estudo de psicodélicos.

No Brainspace, serão discutidos ainda temas como criatividade, meditação no cotidiano e a relação de Cannabis, ciência e medicina.

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