Nova variante da Covid-19 deve provocar aumento na procura por hospitais, afirma Marcelo Daher

Especialista aponta que mutação da Ômicron tem maior capacidade de transmissão entre a população

Augusto Araújo Augusto Araújo -
Marcelo Daher é médico infectologista em Anápolis. (Foto: Divulgação).

Com a confirmação dos primeiros dois casos de contaminação pela nova subvariante da Ômicron, chamada BA.2, o Poder Público em Goiás deve estar pronto para atender pacientes nas redes hospitalares do estado.

Quem aponta isso é o médico infectologista Marcelo Daher. Ao Portal 6, o especialista afirmou que a nova mutação do vírus causador da Covid-19 chama atenção pelas características.

“Ela tem uma capacidade de escape do sistema de defesa, infecta pessoas que já tiveram a doença e pessoas vacinadas. Inclusive, a capacidade de transmissão é muito maior do que a Ômicron”.

“[A subvariante BA.2] Não causa doença mais grave, são sintomas leves. Mas pela capacidade maior de causar infecção, teremos uma procura maior em ambientes hospitalares”, complementou.

Daher reforçou a importância da vacinação para as pessoas, embora também indicou que as produtoras das doses e os gestores públicos devem agir para frear o surgimento de novas mutações.

“Os grandes laboratórios precisam redobrar esforços para trazer vacinas mais modernas e atuais, assim como o poder público precisa trazer medicamentos para tratar as pessoas com remédios mais eficazes”.

 Contaminações

Desde o dia 28 de abril, data em que foi constatada a identificação da subvariante BA.2 em Goiás, não houveram novos registros desde então.

Conforme a Secretaria Estadual de Saúde (SES), foram contabilizados dois casos da mutação em Goiânia, ambos em pacientes do sexo feminino, uma no Bairro Floresta e outra no Bairro Santo Hilário.

As duas pessoas apresentam sintomas leves (coriza e distúrbios olfativos), e recebem acompanhamento domiciliar. Não há vínculo familiar entre os casos”, destacou a pasta em nota ao Portal 6.

Também questionada pela reportagem, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia respondeu em nota, reforçando as informações da SES.

Além disso, o órgão destacou: “Os dois resultados  não tiveram nenhum impacto na pandemia em Goiânia, visto que, em março foram registrados 56 internações e 8 óbitos por conta de complicações relacionadas ao novo coronavírus. Já em abril, foram 53 internações e 7 óbitos”. 

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