SES aponta duas medidas para evitar colapso de UTI’s neonatal e pediátrica em Goiás

Taxa de ocupação chegou a nível desesperador após passagem do tempo frio no estado

Emilly Viana Emilly Viana -
Chegada do tempo frio aumenta busca por vagas de UTI para bebês. (Foto: Divulgação / Governo Estadual)

O aumento de internações de bebês e crianças por síndrome respiratória em Goiás acende um alerta na rede estadual de Saúde.

Atualmente, o Estado conta 44 UTIs para tratamento intensivo de recém-nascidos e 74 para aqueles que possuem de 29 dias até 14 anos de idade. No início desta semana, em ambas as faixas etárias, a taxa de ocupação superou 90%.

Diante da demanda, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) aponta a perspectiva de ampliação de mais 60 leitos de UTI neonatais e pediátricas. A abertura, porém, só deve ocorrer nos próximos meses, a partir de reformas e inaugurações em hospitais estaduais de Trindade, Formosa e Águas Lindas.

Ao Portal 6, a superintendente de Atenção Integral à saúde da SES-GO, Danielle Jacques Modesto, ressalta que a pasta tem monitorado a situação, que apresenta alta desde fevereiro por conta da chegada do tempo frio. “Nossa atenção está tanto na neonatal quanto na pediátrica, onde o cenário se repete, já que os bebês só ficam na primeira até 28 dias de vida”, afirma.

Na avaliação da técnica, a pandemia agravou a situação, embora o crescimento seja comum durante o outono e inverno. “O vírus ainda está circulando, então existe essa necessidade de internação, apesar de hoje ser bem menor do que quando havia uma contaminação maior durante os picos”, salienta.

Outra medida para desafogar a demanda, segundo a superintendente, é o investimento em cofinanciamento de leitos junto aos municípios. “O estado faz uma contrapartida financeira e auxilia no custeio dessas unidades”, explica. Enquanto um leito estadual custa R$ 1.100 aos cofres públicos, o cofinanciado requer um investimento de R$ 1.600.

Reforço na proteção

Para que a situação não chegue a um colapso, a superintendente indica, sobretudo, o uso de máscara em ambientes fechados e com aglomeração.

“Nós temos reforçado essa recomendação prevista em nota técnica com os secretários de saúde dos municípios e com a própria população, para que a proteção seja utilizada também nas escolas, que seria para essa faixa etária”, reforça.

Em maio, com o aumento de casos de Covid-19 na capital, colégios particulares retomaram o hábito dentro das instituições. O Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sepe) de Goiânia informou, inclusive, que recomenda o uso desde que saiu a determinação da Prefeitura que desobriga o acessório.

Na rede pública, o protocolo é seguir na íntegra as orientações das autoridades de saúde municipais e estaduais, que ainda recomendam, em notas técnicas, que o uso de máscara seja mantido por pessoas que fazem parte do grupo de risco, que estejam com sintomas gripais e em locais de aglomeração.

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