Estudante de Anápolis viraliza ao contar hábito peculiar que a faz lembrar do pai

Vídeo tem mais de 1 milhão de visualizações no TikTok e fez muitos seguidores se identificarem

Isabella Valverde Isabella Valverde -
Nathalia Moura é estudante de medicina e digital influencer e viralisou no TikTok recentemente. (Foto: Reprodução/Twitter)

A história por trás de um hábito curioso fez a anapolina Nathalia Moura, de 24 anos, viralizar num vídeo com mais de 1 milhão de visualizações no TikTok.

Na plataforma desde 2020, a estudante de medicina, que também é digital influencer, estava acostumada a produzir conteúdos mais voltados para o humor, mostrando a rotina, que ela e os seguidores chamam de “tóxica”.

As publicações têm bom alcance habitualmente, mas ela jamais esperava atingir a contagem milionária contando a história do porquê bebe água de palmito.

@mouranathalia

fiquei nervosa de fazer esse vídeo mas to contando pra vocês o motivo de tomar água de palmito ❤️ aceita?

♬ som original – Nathalia Moura

“Não esperava que tivesse essa repercussão toda! Sempre compartilhei no meu Instagram e meu Tiktok meu lado mais bem humorado, meu conteúdo sempre foi de humor, sabe?”, comentou.

No vídeo em questão, a moça conta que bebe a água que resta em potes de palmito por tratar-se de um hábito que ela mantinha com o pai.

De início, ela pensou em gravar para responder à curiosidade dos seguidores, que sempre a indagavam sobre os motivos. Quando a publicação se tornou viral, a emoção foi ainda maior por se tratar de uma história muito importante sentimentalmente para ela.

“Meu pai faleceu quando eu tinha 9 anos e meu irmão, Gustavo, 23. Eu era muito próxima dele e tínhamos as coisas que fazíamos juntos. Todos os dias, minha mãe me deixava na casa da minha avó com meu pai para ir trabalhar, eu estudava a tarde e ficava lá de manhã”, relembrou.

“Minha avó sempre fazia as compras cedinho e me levava junto, nisso eu sempre pedia pra comprar palmito para o almoço e quase sempre ela comprava. Meu pai e eu comíamos o palmito no almoço e depois a gente guardava para beber a água junto, escondido da minha mãe, que não gostava muito da ideia”, completou.

Nathalia Moura relatou que era muito próxima do pai e eles compartilhavam diversos gostos diferentes que os tornavam ainda mais próximos. Assim, quando ele faleceu, as comidas e coisas que faziam juntos passaram a ser uma forma de manter a memória dele viva.

Nathalia e o pai dividiam diversos gostos em comum quando ela era pequena. (Foto: Arquivo Pessoal)

“Trago a memória das coisas que passo no meu dia a dia, uma delas é comer o palmito. Não é sobre a comida em si, mas a memória dele em uma coisa que parece tão simples mas, para mim, é muito”, afirmou.

Emocionada, a jovem acredita que a repercussão nasceu justamente pelo sentimento de identificação de pessoas que têm história semelhante.

“Nós todos temos dores parecidas, e compartilhar memórias como essa, de alguém que já se foi, aproxima pessoas e histórias, memórias. Fiquei muito feliz com a recepção das pessoas e também com os relatos, de tantas pessoas que guardam na memória a melhor parte de quem se foi”, pontuou.

Água de Palmito 

Como estudante de medicina, Nathalia afirma que o hábito de consumir água de palmito pode representar um risco à saúde. Por isso, não é algo que costuma fazer com frequência, mas não abandona o ato para se reconectar com o pai.

“A ingestão de água de conserva é bastante associada a casos de intoxicação alimentar, isso é de maior risco de segurança alimentar mais presentemente em conservas caseiras e por conta do mau armazenamento ou baixo controle de risco nas conservas caseiras, não é algo indicado”, destacou.

“É um comportamento de risco sim, não faço com frequência, é apenas algo que faço por simplesmente sentir uma conexão com meu pai e me trazer felicidade”, completou.

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