Desembargador dá ultimato de 10 dias para a defesa de Isabella Freire

Advogados da estudante acusada de matar o filho recém-nascido em Anápolis tentam impedir que ela vá a júri popular

Aglys Nadielle Aglys Nadielle -
Isabella Freira, em foto retirada após prisão. (Foto: Portal 6)

A Justiça deu 10 dias à defesa de Isabella Freire, de 25 anos, acusada de matar o próprio filho recém-nascido, para apresentar laudos e exames periciais.

O Portal 6 apurou que a decisão foi tomada após uma petição de adiamento do julgamento. A justificativa dos advogados foi a necessidade de tempo para juntar os documentos.

Os autos foram conclusos pela Justiça em março deste ano, quando a defesa fez o pedido. Passados três meses, a representação de Isabella ainda não entregou os laudos.

A demora foi entendida como uma tentativa de protelar o julgamento, e o desembargador Itaney Francisco Campos definiu o prazo limite.

Relembre o caso

No dia 12 de maio de 2021, o bebê recém-nascido, filho da moça, foi encontrado dentro de uma caixa, carbonizado em um lote baldio. Isabella Freire é acusada do crime de ocultação de cadáver e homicídio duplamente qualificado.

O inquérito policial aponta que a criança morreu por asfixia devido a mãe, tê-lo enrolado em um cobertor e colocado em uma caixa de papelão, antes de abandonar o corpo e atear fogo no local.

Além disso, a moça e o, até então, namorado e pai do bebê, já havia tentado matá-lo outras vezes com remédios abortivos. Todavia, deste crime ambos foram absolvidos pela Justiça após recomendação do Ministério Público.

Isabella teve um habeas corpus concedido em dezembro do ano passado. No processo, ela consta como ré presa, mas não há esclarecimento se a jovem cumpre prisão domiciliar ou em regime fechado.

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