Mulher é queimada e morta por causa do barulho de filho autista

"Até quando vou ter que viver com medo", questionou a vítima antes de sofrer atentado

Gabriella Licia Gabriella Licia -
Luz Raquel ao lado do filho autista. (Foto: Reprodução)

O caso de uma mulher que foi incendiada – ainda viva – pelos vizinhos, em uma praça pública, está comovendo e gerando enorme revolta nas redes sociais.

Luz Raquel Padilla tinha 35 anos e vivia com o filho autista em um apartamento, no México, quando começou a receber ameaças de morte.

O motivo? O garotinho, de 11, fazia alguns barulhos pois, além de apresentar o transtorno do espectro autista, também sofre com convulsões epilépticas, incomodava os moradores próximos.

Inclusive, no mês de maio, a mexicana postou no Twitter algumas pichações que recebeu no prédio em que morava, com ameaças em teor hostil, jurando-a de morte.

Na publicação, ela explicou que estava temendo pela vida e não estava errada. “Até quando vou ter que viver com medo”, disse.

Exatamente dois meses após a publicação, no último domingo (16), o vizinho Sergio Ismael Quintero e outras quatro pessoas se juntaram contra ela.

O grupo jogou álcool no corpo de Luz Raquel e ateou fogo na mulher, a céu aberto, no parque Público. Ela teve 90% do corpo queimado e não resistiu aos ferimentos.

O homem identificado possui passagens na polícia por ameaças, lesões e crimes contra a dignidade. Já as outras quatro pessoas ainda não foram reveladas pelas autoridades.

Quanto à criança órfã, ele precisou ser entregue aos familiares e segue sob cuidado da tia e da avó.

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