Se sente sozinho? ‘Aluguel’ de amigo já é uma realidade em Goiás

Aqueles que almejam uma companhia podem contratar o serviço por diferentes valores

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Felipe Farias. (Foto: Arquivo Pessoal)

Para alguns, fazer amizades de forma natural pode ser uma tarefa complicada e estressante – uma vez que nem todo mundo é bom em se comunicar. Mas, um novo serviço já em vigência em Goiás, oferece uma opção mais fácil para aqueles que buscam uma companhia. 

O personal friend (aluguel de amigo) já é uma realidade na capital e tem feito parte da vida de alguns goianienses que enfrentam dificuldades no ramo afetivo. Na atividade, algumas pessoas se propõem a exercer um papel de amigo em troca de algum pagamento ou serviço. 

Um dos goianos que decidiu entrar de cabeça na modalidade foi o vendedor de peças automotivas Felipe Farias, de 26 anos. 

Em abril de 2019, o rapaz acabou conhecendo o serviço por meio de uma matéria sobre a prática, no Japão. 

Ao ler o conteúdo, ele compartilhou a ideia com um amigo que, rapidamente, o incentivou a entrar no ramo por acreditar que ele tinha as características ideais para a função. 

“Sempre gostei de ouvir meus amigos falando sobre os problemas deles e tentando fazer eles enxergarem outros pontos de vista. Depois, um amigo meu me falou que poderia cobrar por esse serviço. Inicialmente fiquei apreensivo, mas depois passei a pensar em quem poderia pagar por tal serviço e então fiz um anúncio”, disse em entrevista ao Portal 6

Dias depois da publicação, alguns clientes começaram a aparecer na vida de Felipe, o que o motivou a continuar na área. 

De acordo com ele, o serviço é feito de forma simples e rápida. O cliente explica a necessidade dele para o “amigo” e, depois, o profissional executa a demanda na forma de companhia para aquela pessoa. 

“Em um trabalho recente, eu acompanhei uma moça  e marcamos de ir ao shopping. Tomamos um sorvete, ela desabafou comigo sobre problemas do cotidiano e foi super agradável. Ela ficou super agradecida, pois não tinha com quem conversar”, diz. 

Para a contratação, Felipe costuma cobrar cerca de R$ 50 por hora ou até R$ 200 reais por um dia todo – o que, segundo ele, é algo que o ajuda bastante na renda diária. 

“Ainda não consigo me manter com o dinheiro que ganho na área, mas me ajuda bastante. É uma renda complementar e todo o dinheiro extra é bem vindo”, diz. 

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