Pacientes com diabetes sofrem sem tratamento adequado em Anápolis

Saúde se reuniu com grupo e prometeu regularizar atendimento

Isabella Valverde Isabella Valverde -
Henrique, de apenas 09 anos, enfrenta as inseguranças à cerca do tratamento da doença. (Foto: Arquivo Pessoal/Hebert Melo)

Pacientes diagnosticados com diabetes relatam momentos de grandes dificuldades para obter insumos básicos para o tratamento em Anápolis.

A cidade tem cerca de 3 mil diabéticos e um grupo que tem tentado diálogo com a Prefeitura para obter soluções e evitar o agravamento dos quadros de saúde.

Hebert Melo, um dos membros do Grupo de Diabetes de Anápolis, revelou ao Portal 6 que os problemas para o tratamento da enfermidade são antigos.

Entre as queixas estão a falta das fitas utilizadas para medir a glicemia, de insumos, que já segue há cerca de três meses, e a carência de endocrinologistas para o acompanhamento médico necessário.

“O município de Anápolis possui um protocolo de dispensação de insulina e prevê a atenção básica ao paciente. Porém, não é o que acontece”, denunciou.

“Pacientes do município se queixam da falta de consultas com endocrinologistas, demora para o agendamento de exames laboratoriais e até mesmo fitas para medir glicemias e agulhas  para aplicação das insulinas”, completou.

Hebert relata que estas carências trazem problemas a curto, médio e longo prazo. Ele, em específico, tem um filho com diabetes. Trata-se do pequeno Henrique, de apenas 09 anos, que assim como diversas outras crianças e adultos, também pode padecer sem o tratamento adequado.

“Economizar no tratamento requer a longo tempo um custo maior com internações, ou até mesmo levar a outras complicações de saúde”, afirmou.

O representante do grupo se reuniu com o secretário de Saúde, Julio César Spíndola, na manhã desta quarta-feira (03) para pedir soluções e a mudança dos protocolos de atendimento.

“Pedimos atenção às faltas de insumos por parte da Prefeitura, adesão à um aparelho de glicemia que reduz as furadas de dedo e acompanhamento contínuo por parte do paciente, além de uma atenção especial aos pacientes que já são atendidos pelo programa e que vem enfrentando dificuldades”, pontuou.

“O protocolo deve incluir o paciente na atenção básica e não excluir, pois se a diabetes não for tratada, o paciente pode vir a óbito”, destacou.

A Secretaria Municipal de Saúde de Anápolis (Semusa) foi procurada pelo Portal 6 e informou que busca atender as demandas apresentadas pelos representantes do grupo de diabéticos.

Segundo a pasta, o estoque de insumos já foi restabelecido na cidade e logo será distribuído à população. Ademais, haverá processos para a contratação de médicos. Uma nova reunião com o grupo ficou marcada para a próxima semana para fechar os detalhes da criação do novo Protocolo de Assistência ao Diabético.

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