Geacri promete cerco a quem mora em Anápolis e acha que a internet é terra sem lei

Grupo da Polícia Civil que combate crimes de ódio na cidade é comandado pelo delegado Manoel Vanderic

Isabella Valverde Isabella Valverde -
Evento de inauguração do Geacri em Anápolis. (Foto: Rafael Tomazeti/Portal 6)

Inaugurado no último dia 14, em Anápolis, o Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Geacri), da Polícia Civil, promete armar um cerco para identificar os usuários da internet que promovem qualquer tipo de intolerância.

Ao Portal 6, o delegado titular do Geacri, Manoel Vanderic, destacou que algumas pessoas criam perfis fakes nas redes sociais, ou hackeiam de terceiros, para poderem cometer esses delitos.

Porém, essa prática ilegal está com as horas contadas na cidade, pois a polícia esclarece que identificar estes criminosos é mais fácil do que se imagina.

“Hoje é muito fácil você chegar na autoria, em quem é o proprietário do celular, da conta, do computador, da rede que fez a postagem”, afirmou Vanderic.

“Em Goiânia, a maior parte dos indiciamentos são de pessoas que criaram perfis falsos e são descobertos facilmente. A polícia tem métodos para isso. Então, esse é um enfoque nosso também”, completou.

A atuação do Grupo da Polícia Civil que combate crimes de ódio vai além, abrangendo também o monitoramento de  violência política dentro e fora das redes.

O titular do Geacri ressalta que nem mesmo os próprios políticos ficaram impunes caso cometam crimes relacionados à intolerância nos palanques.

“A imunidade parlamentar não existe para acobertar crimes. Então se em um palanque um determinado político verbalizar uma intolerância, um crime, ele vai ser responsabilizado. A liberdade de expressão não é absoluta, ela encontra restrição no direito alheio””, destacou.

Vanderic ainda aponta que “se a ofensa for individual vai para injúria qualificada, com pena de três a quatro anos. Não cabe nem TCO, a pessoa é presa em flagrante ou formalizado inquérito”.

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