Servidora do MP e mais duas mulheres envolvidas em áudios racistas foram indiciadas pela polícia

Ofensas foram proferidas após o resultado da apuração dos votos para presidência do Brasil

Isabella Valverde Isabella Valverde -
As três mulheres goianas proferiram diversas ofensas contra os nordestinos por meio de áudios vazados. (Foto: Reprodução)

Três mulheres da cidade de Cachoeira Alta, localizada na região Sudoeste de Goiás, sendo uma servidora do Ministério Público (MP), foram indiciadas pelo crime de racismo depois que tiveram áudios encaminhados no WhatsApp xingando nordestinos vazados.

As ofensas foram proferidas em decorrência do expressivo número de votos que o candidato à presidência Lula (PT), recebeu no Nordeste no primeiro turno das eleições, ocorrido no último domingo (02).

Isso porque a apuração apontou que a região ficou dividida com apenas 34 pontos de diferença entre o atual presidente Jair Bolsonaro, que conquistou 2.752 votos (47,24%) e Lula, com 2.718 votos (46,65%).

Indignadas, as mulheres falaram coisas como “esses comedor [sic.] de calango tinham que voltar para lá. Se eles gostam de calango, volta para lá. Vem atrapalhar a gente. Tem que mandar explodir aquela bosta, aquela parte do nordeste lá. Povo vagabundo, quer ficar vivendo de bolsa família de R$ 60”.

 

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A polícia concluiu os inquéritos e os encaminhou, juntamente com o indiciamento das três envolvidas para o Judiciário nesta sexta-feira (07).

Ao G1, o o delegado Márcio Henrique Marques, que está a frente do caso, afirmou que uma das mulheres é servidora do Ministério Público, outra trabalha no Hospital Municipal de Catalão e a terceira atua em uma loja de materiais de construção.

Segundo o Ministério Público, a Corregedoria-Geral do órgão já foi informada à respeito do caso e está apurando a conduta da trabalhadora.

Para a TV Anhanguera, a Prefeitura de Cachoeira Alta informou que a enfermeira que teria divulgado os áudios ofensivos já foi afastada do cargo, além de ter repudiado o conteúdo das mensagens.

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