Especialista contratado pela Prefeitura explica o que será feito para dar fim aos alagamentos em Anápolis

Antônio Zayek é nome reconhecido do ambientalismo e tem projeto encaminhado para aplicar no município

Isabella Valverde Isabella Valverde -
Antonio Zayek e Roberto Naves. (Foto: Instagram/Antonio Zayek)

O ambientalista Antônio Zayek, que será contratado pela Prefeitura para resolver a problemática dos alagamentos em Anápolis, já tem pronto o plano para evitar as cenas comuns nos períodos chuvosos. O especialista parte do princípio de uma reabilitação ambiental da cidade para que o ciclo da água possa ser completo da forma correta.

O profissional explicou ao Portal 6 que esse processo é essencial porque, atualmente, as águas vindas das chuvas não perfazem seu caminho natural por conta das interferências impostas no ambiente urbano.

“Você faz a reabilitação ambiental da cidade para que ela passe a ter esse ciclo da água completo. Porque o que está acontecendo é que a água vem da Amazônia pelos rios aéreos, é bombeada pelo Pantanal e chega aqui para a gente pela chuva. A gente interrompeu a parte nossa do ciclo que é infiltrar a água e voltar para as bacias. Ela volta para a bacia, mas volta reta”, exemplificou.

O segredo estaria, explica Zayek, em aproveitar a área verde já existente em Anápolis. Também há técnicas, diz, para garantir a infiltração correta da água no lençol freático.

“A ideia principal é utilizar as áreas verdes e técnicas de retroajuste ambiental para que a gente possa coletar essa água e infiltrar ela no chão o máximo que der. E o que não der, atrasar ela para ser despejada devagar dentro da calha do rio”, apontou.

Drenagem urbana

Quando foi anunciado pelo prefeito Roberto Naves (PP) e pelo secretário de Serviços Urbanos, Wederson Lopes, Zayek foi citado como aquele vai comandar um plano de drenagem urbana. Ele explica que várias técnicas fazem parte do processo.

“A gente usa bacia de contenção, trincheira de infiltração, poste de recarga, tudo que der para fazer para segurar a água e fazer com que ela entre no lençol freático e pare de ser vista como um problema e veja como uma riqueza que ela é”, afirmou.

Com menor nível de água sobre o solo, as ruas e estruturas na superfície são poupadas. Há, segundo Zayek, exemplos na cidade que mostram que a solução existe.

“A ideia é parar as enchentes. Então, por exemplo, quando você trabalha a enchente da Avenida Universitária, você trabalha o Catingueiro, que é uma sub-bacia do Antas. Quando você trabalha a outra parte do Onofre Quinan, também vem para o Antas. Então, é drenar, segurar a água e drenar ela em jardins para que ela não chegue toda de uma vez na calha do rio”, argumentou.

O trabalho ocorrerá em parceria com a Defesa Civil, que lista os pontos de alagamento. O problema então será identificado e consertado aos poucos, de acordo com o ambientalista.

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