“Enel fez os investimentos, mas nós vamos colocar pessoas que conhecem Goiás”, diz CEO da Equatorial

Grupo passa a ser responsável pela distribuição de energia no estado a partir desta terça-feira (03) com plano de ação de 100 dias

Emilly Viana Emilly Viana -
Grupo aponta que recebeu uma rede elétrica defasada no início das operações (Foto: Emilly Viana/Portal 6)

Assumindo a distribuição de energia elétrica em Goiás nesta terça-feira (03), a Equatorial garante que não repetirá os erros da Enel. O CEO da empresa, Augusto Miranda, evitou fazer críticas à concessionária anterior, mas ressaltou que a Equatorial trilhará um caminho diferente.

“A Enel é uma grande empresa, presente em vários continentes. Fez os investimentos, mas nós vamos colocar pessoas que conhecem Goiás, ampliar as superintendências para estarmos mais próximos dos consumidores e ter alinhamento com o Estado. Assim, os recursos empregados surtirão efeito”, garante o CEO.

Para atingir os três objetivos, o engenheiro Lener Jayme foi escolhido para ocupar a presidência da Equatorial em Goiás. Natural de Goiânia, ele assessorou o processo de privatização da CelgPar e da Celg GT, e promete um relacionamento mais próximo com o Governo Estadual – diferente do que foi visto com a Enel, alvo frequente de críticas por parte do governador Ronaldo Caiado (UB).

“Desde quando buscamos adquirir a concessão, nós iniciamos um diálogo com o governo justamente para mostrar nossa intenção de direcionar os nossos esforços para o desenvolvimento do estado. Estamos extremamente alinhados com o governo, com o governador e com o povo goiano”, diz.

A empresa trabalha com um plano de ação para os próximos 100 dias, nos quais estão previstos a construção e ampliação de subestações. Além das estruturas, que devem atender principalmente a Região Metropolitana de Goiânia, está prevista a implementação de linhas de distribuição em pontos estratégicos. Um deles está localizado no Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA).

A Equatorial também ampliará de três para cinco o número de superintendências territoriais, responsáveis por monitorar diferentes regiões do estado, para acelerar a atuação diante de falhas e novas demandas. Elas serão divididas em Nordeste, Norte, Sudoeste, Sul e Metropolitana.

Diagnóstico

De acordo com a Equatorial, 44% das unidades transformadoras estão com sobrecarga no estado, o que tem dificultado a conexão de novos clientes. Diante disso, a companhia pretende ampliar a estrutura e disponibilizar canais digitais para agilizar o atendimento aos clientes e reduzir a interrupção no fornecimento de energia.

O grupo Equatorial substitui a Enel Goiás, após venda da concessão no valor de quase R$ 1,6 bilhão. O processo de transição para a troca de comando começou em setembro do ano passado e foi concluído nesta terça-feira.

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