Pedreiro que admitiu ter matado duas garotas em Goiânia tem perfil de serial killer e pode ter feito mais vítimas

Luana Marcelo e Thais, 12 e 13 anos, foram estranguladas, estupradas e enterradas no bairro Madre Germana

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Reidimar Silva Santos, assassino confesso de duas adolescentes. (Foto: Reprodução)

“Ainda estamos apurando, mas há elementos que apontam que ele pode ser um possível serial killer”, revelou o Delegado Geral Alexandre Lourenço sobre o caso do auxiliar de pedreiro, Reidimar Silva, que admitiu matar as jovens Luana Marcelo, de 12 anos, e Thaís Lara, de 13 anos. 

O perfil traçado pela investigação é de que Reidimar trocava de moradia frequentemente, tinha comportamento frio, além das vítimas terem idade semelhantes. A forma como executou os dois crimes  também chama atenção: asfixia mecânica. Em ambos os casos, elas foram desconfiguradas antes de serem enterradas. Ele ateou fogo na Luana enquanto esquartejou a primeira vítima, Thaís Lara.

Essas informações foram repassadas por agentes de segurança durante entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira (20). Com isso, reforça-se a hipótese de que o profissional tenha cometido outros assassinatos na capital. 

Por isso, a Polícia Civil está realizando um levantamento sobre pessoas desaparecidas na região – e que tenham características similares a de Luana e Thaís – para saber se há ou não outras vítimas do acusado. 

As autoridades também passaram mais detalhes sobre a confissão de Reidimar. De acordo com a delegada Ana Paula Machado, ele conta que Thaís tinha o costume de ir até a casa dele para brincar com o filho, mas que, no dia do crime, a criança não estava na residência. 

Durante uma conversa com a vítima, ele afirma que ela questionou sobre a veracidade dele ser um abusador sexual – alegando que isso o motivou a cometer o crime.

Segundo o superintende da Polícia Técnico-Cientifica de Goiás, Marcos Egberto, um laudo técnico constatou que os membros inferiores e superiores da vítima foram esquartejados, mas que, devido ao estado de decomposição do corpo, não foi  possível saber se houve ou não  estupro e nem qual foi a arma utilizada para o crime. 

Relembre os casos

O corpo de Luana Marcelo, de 12 anos, foi encontrado na manhã do dia 29 de novembro de 2022, no Setor Madre Germana II, em Goiânia. Ele estava enterrado no lote da casa onde morava o réu confesso, Reidmar Silva.

Ele teria abordado a adolescente dizendo que queria entregar a ela um dinheiro que havia pegado emprestado dos pais de Luana. Assim, a atraiu para dentro do carro quando, conforme laudos da Polícia Técnico Científica, teria a agredido. Em diversas partes do carro, como volante e banco, foi possível verificar a presença de sangue.

Laudo constatou também que ela morreu por asfixia mecânica, o que já caracteriza homicídio qualificado. Ela possivelmente foi estuprada, já que foi encontrado esperma no corpo da vítima, antes da morte. Antes de enterrá-la, ele ateou fogo no corpo.

Já Thais Lara, de 13 anos, que morava no mesmo bairro e tinha proximidade com o autor, era dada como desaparecida. Entretanto, o corpo foi encontrado semana passada, após Reidimar confessar o crime e apontar o local onde teria desovado o corpo. A Polícia Técnico Científica confirmou na noite de quinta-feira (19) que a ossada trata-se de Thaís.

Thaís Lara foi abordada por Reidimar em uma feira da região – no momento em que ela se afastou de familiares. Na época, eles moravam a poucos metros de distância e Thaís tinha o hábito de brincar  com o filho do pedreiro, de quatro anos.

 

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