Meu Lote, Minha História tem respaldo legal, diz Prefeitura de Anápolis

Município afirma que tem direito a afetação e desafetação de áreas a partir de necessidades e dinâmica sociais

Rafael Tomazeti Rafael Tomazeti -
Centro Administrativo de Anápolis. (Foto: Arquivo)

Após a recomendação de suspensão do Meu Lote, Minha História por parte do Ministério Público de Goiás (MP), a Prefeitura de Anápolis afirmou nesta terça-feira (31) que tem respaldo legal para a manutenção do programa habitacional.

O MP pediu, no dia 20 de janeiro, que fosse suspenso o chamamento público para a doação de lotes enquanto não fosse esclarecida a condição das áreas.

O promotor de Justiça Lucas César Costa Ferreira cita que a lei municipal promulgada para garantir o programa “não pode desafetar áreas verdes ou institucionais, mesmo que com o propósito de atender programas habitacionais, sob pena de incidir em flagrante inconstitucionalidade”, uma vez que a Constituição do Estado de Goiás veda a mudança de destinação, fim e objetivos originais desses terrenos.

Em contrapartida, a Procuradoria-Geral do Município (PGM) garantiu que o Meu Lote, Minha História está dentro da lei, pois o município tem direito “quanto a afetação e desafetação de suas áreas, considerando as necessidades sociais e o fato de que a destinação inicial de uma área pode ser revista com o passar do tempo, conforme a dinâmica da sociedade.”

O MP afirmou, na peça, que, se não atendidas as recomendações, pode tomar ‘providências judiciais e administrativas cabíveis’.

A lista preliminar com os concorrentes aptos a receberem um dos 2,8 mil lotes está prevista para ser publicada no dia 17 de fevereiro. O resultado final deve sair no dia 21 de março.

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