João de Deus é condenado a mais 48 anos de prisão por crimes de violação sexual e estupro

Decisão também obriga o médium a indenizar as vítimas em R$ 60 mil. Defesa diz que vai recorrer assim que for intimada

Denilson Boaventura Denilson Boaventura -
Médium João de Deus. (Foto: Divulgação)

O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) informou nesta sexta-feira (03) que o médium João de Deus foi condenado a mais 48 anos e seis meses de reclusão, em regime inicialmente fechado, pela prática de crimes de violação sexual mediante fraude e de estupro de vulnerável.

Os crimes foram cometidos entre os anos 2015 e 2016 contra cinco vítimas, conforme sentença do juiz Marcos Boechat Lopes Filho, titular da comarca de Abadiânia. A decisão também obriga João de Deus a indenizar as vítimas em R$ 60 mil, sem prejuízo de que elas busquem indenizações em ações próprias.

O TJGO informou ainda que faltam mais seis processos referentes ao médium para serem julgados na comarca de Abadiânia. De acordo com balanço do órgão, um encontra-se em fase de elaboração de sentença e os demais nas alegações finais.

Já em segunda instância, o TJGO analisou apelação apresentada pela defesa de João de Deus mantendo a condenação dele pelo crime de porte de arma de fogo, que agora já está com recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ). No total, são cinco apelações tramitando em segunda instância, dos quais uma deverá ser analisada pelo TJGO ainda no mês de fevereiro.

Vale lembrar que João de Deus continua em prisão domiciliar, visto que esta determinação foi dada em segunda instância. Em nota a defesa, do médium informou que vai recorrer assim que for intimada da última sentença do juiz Marcos Boechat Lopes Filho.

“Reforçaremos junto ao TJGO e demais instâncias pela necessidade de se aplicar corretamente a legislação vigente à época dos fatos que isentam completamente o meu cliente de qualquer responsabilidade criminal”, destacou o advogado Anderson Van Gualberto de Mendonça.

“Infelizmente as condenações vêm sendo sustentadas por conta do apelo midiático que esteve presente durante toda instrução processual o que inevitavelmente criou estigma contra o médium João”, complementou.

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