Brasileiros não estão entre mortos em terremoto na Turquia, afirma Itamaraty
Mais de 4,3 mil pessoas morreram após forte abalo sísmico, ocorrido na noite de domingo (6) no Brasil
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Até o momento não há informações, segundo o Itamaraty, de brasileiros entre os mais de 4.300 mortos no terremoto de magnitude 7,8 que atingiu a Turquia e a Síria nesta segunda (6), noite de domingo no Brasil.
“O governo brasileiro acompanha, com grande preocupação, as notícias sobre o devastador terremoto”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores em nota.
“Não há, até o momento, notícia de brasileiros mortos ou feridos. As embaixadas do Brasil em Ancara e Damasco, bem como o consulado-geral em Istambul, acompanham os desenvolvimentos no terreno, em regime de plantão”, informa a chancelaria.
“Por meio da Agência Brasileira de Cooperação e em coordenação com os países das áreas atingidas, o governo providencia formas de oferecer ajuda humanitária às populações afetadas pelo terremoto.”
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou solidariedade à Turquia e à Síria em seu perfil no Twitter.
“Olhamos com preocupação para as notícias vindas da Turquia e Síria, após terremoto de grande magnitude. O Brasil manifesta sua solidariedade aos povos dos dois países, às famílias das vítimas e a todos que perderam suas casas nessa tragédia”, escreveu.
Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, também publicou mensagem em seu perfil na mesma rede social.
“Em nome do Congresso Nacional, solidarizo-me com o povo turco e com os cidadãos sírios em razão da tragédia que se abateu sobre os países. […] Que os governos se mobilizem rapidamente para que a ajuda humanitária internacional chegue o mais rapidamente possível aos atingidos.”
Pelo menos 2.379 pessoas morreram na Turquia, de acordo com a agência de desastres turca, no pior evento do tipo no país desde 1939.
Já na Síria, o regime de Bashar al-Assad somou 1.431 mortos até aqui. Há, ainda, 733 mortes relatadas pelos Capacetes Brancos em áreas controladas por rebeldes.
Outros países manifestaram solidariedade e se prontificaram a enviar ajuda às nações afetadas.
O governo de Vladimir Putin, na Rússia, disse que dois aviões Ilyushin-76, da era soviética, estão com equipes de resgate disponíveis para voar à Turquia.
O russo tem importantes laços com Assad, a quem apoia na guerra civil síria, e com Erdogan, que flerta entre a Otan, a aliança militar ocidental, e Moscou.
Na mesma toada, o governo da Ucrânia também se prontificou a enviar “um grande grupo de resgate”. O presidente americano, Joe Biden, por sua vez, disse estar profundamente entristecido pelo terremoto.
A Casa Branca anunciou o envio de duas equipes de resgate com 79 pessoas cada uma para ajudar nas buscas por sobreviventes.
O premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, anunciou o envio de equipes de emergência à Turquia e disse que pretende fazer algo parecido pela Síria.
A União Europeia, por sua vez, afirmou que dez times de resgate foram mobilizados de Bulgária, Croácia, República Tcheca, França, Grécia, Holanda, Polônia e Romênia.