Atraso na obra da Praça do Trabalhador agrava transtornos causados pelas fortes chuvas, em Goiânia

Último prazo de entrega divulgado pela Prefeitura de Goiânia era 27 de janeiro; trabalhos seguem sem data para serem concluídos

Emilly Viana Emilly Viana -
Temporal em Goiânia derrubou estrutura de praticamente todos os comerciantes da Feira Hippie. (Foto: Reprodução/Twitter).

As fortes chuvas que têm caído em Goiânia nos últimos dias revelam não só as mazelas da cidade como a falta de tempo hábil em tirar do papel a entrega das obras da Praça do Trabalhador, no Setor Central. A última previsão do Paço indicava que a revitalização seria concluída até 27 de janeiro, mas o prazo, mais uma vez, não foi cumprido.

A obra começou em meados de 2019, ainda na gestão Iris Rezende (MDB), pela Construtora Ventuno. A previsão naquela época era de que o projeto fosse executado em 120 dias. Contudo, a intervenção, que passou a ser responsabilidade da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) a partir de junho de 2022, já dura mais de três anos e meio.

Em nota ao Portal 6, a Comurg, responsável pela obra, diz que os trabalhos no local estão praticamente prontos, e que restam somente “alguns acabamentos”. Apesar disso, a companhia não informou quando será a entrega da revitalização e alegou que aguarda a aprovação de projetos que estão na Equatorial Energia para contratar a empresa que vai executar os serviços de iluminação no espaço público.

A conclusão é essencial para que os trabalhadores da Feira Hippie retornem à praça, já que, no mês passado, a Secretaria de Desenvolvimento e Economia Criativa de Goiânia (Sedec) informou que aguarda o fim dos trabalhos para retomar com as atividades da feira para dentro do espaço. Enquanto isso, os feirantes lidam com as fortes chuvas, granizo e rajadas de vento que atingem a região.

Feira Hippie em Goiânia. (Foto: Divulgação/ Prefeitura de Goiânia)

Na última sexta-feira (10), a força das ventanias derrubou barracas e causou prejuízos para vários comerciantes, que tiveram as mercadorias danificadas. É o caso da Márcia Donizete, que tem uma banca de vestidos no local desde 2017. “Não pude nem trabalhar no dia seguinte, pois as roupas foram ao chão e não tinham nem condições de serem vendidas. E não é a primeira vez que isso acontece”, conta.

Os feirantes também relatam que alguns corredores da feira estão com vários buracos, que atrapalham o fluxo e a montagem das barracas. “Vem as chuvas e todos esses buracos enchem de água, e é um transtorno. Esperamos que a praça fique pronta logo, mas a demora tem desanimado”, desabafa Luís Gustavo de Oliveira, trabalhador da feira há quase oito anos.

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