Trotes universitários que gerem coação ou constrangimento podem ser proibidos em Goiás

Proposta é do deputado estadual Amilton Filho (MDB) e prevê que instituições de ensino promovam atividades solidárias como forma de integração

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Trotes universitários
Trotes universitários. (Foto: Saulo Tomé/UnB Agência)

Os tradicionais trotes universitários, que é uma espécie de rito de passagem para os calouros que estão ingressando nas universidades, podem ser proibidos em Goiás.

Isso é o que propõe o Projeto de Lei nº 100/23 apresentado pelo deputado estadual Amilton Filho (MDB) nesta quarta-feira (01).

Caso aprovado, a proposta obrigará que as instituições de ensino fixem avisos afirmando que “é proibido a prática de trotes que empreguem qualquer tipo de coação, violência ou constrangimento, podendo os autores responder por lesão corporal, injúria, ameaça, constrangimento ilegal e/ou homicídio, conforme o Decreto-lei 2848/40”.

O texto também prevê que estabelecimentos de ensino médio, públicos e privados, além de comércios públicos ligados à educação superior e integrantes do sistema estadual de educação realizem atividades solidárias como forma de integração entre alunos novatos e veteranos.

Em justificativa, o autor do projeto alegou que os trotes são uma “prática repugnante” repleta de atos de zombaria, violência e humilhação.

De acordo com ele, as universidades e autoridades ainda possuem uma resistência para organizar uma discussão a respeito ou para tomar providências mais incisivas sobre o assunto.

“O raciocínio predominante parece ser o de que, se não houver mortes ou mutilações durante as recepções aos novatos, então não há problema, pois se trata de um tradicional rito de passagem”, alegou ele.

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