Frente fria vinda da Amazônia deve mudar o tempo em Anápolis nos próximos dias

Noite de segunda-feira trouxe o famoso "clima europeu" aos anapolinos

Samuel Leão Samuel Leão -
Clima europeu chega à Anápolis, nesta terça-feira (14). (Foto: Portal 6/Isabella Valverde)

Uma guinada no tempo na madrugada desta terça-feira (14) mudou o cenário de Anápolis deixando a cidade encoberta com uma forte neblina logo pela manhã. As chuvas também apareceram com força e, apesar da redução na temperatura geralmente bem-vinda, também trás incômodo para moradores da cidade que temem pelas consequências das precipitações acima da média.

Ao Portal 6, o climatologista, doutor em geoprocessamento e sensoriamento remoto, Eduardo Argolo, falou sobre a atual configuração climática.

Segundo o especialista, há uma frente fria vinda da Amazônia, estacionada sobre Goiás e Tocantins. Apenas hoje, até as 08h, já choveram 60mm, contados pela estação da UniEVANGÉLICA.

O número é bem acima da média e não tem uma previsão certa de parada, apesar de uma estiagem ser possível próximo às 12h.

Mesmo não havendo ainda uma previsão cravada para a semana, ele afirma que a frente fria deve seguir estacionada na cidade por um tempo.

Em tom de brincadeira, comentou como o clima atrapalha até os próprios climatologistas. “A minha região está bem alagada, aí acaba que atraso bastante para levar meus filhos à escola e consequentemente atrasamos um pouco as previsões, mas logo fechamos o quadro desta semana”.

Tradicionalmente – por volta do dia 19 de março ocorre a chuva de São José – com 07 pontes caídas atualmente e sem previsão de reparos, o fenômeno pode agravar ainda mais a situação dos moradores de diversas regiões.

“Coincide com o fim do verão. Associaram a uma ação religiosa. Isso vem da tentativa do ser humano explicar os eventos atmosféricos, astronômicos e outros relacionados à natureza”, pondera Argolo.

Vale lembrar que a Prefeitura de Anápolis declarou estado de emergência exatamente um mês atrás, dia 14 de fevereiro.

No momento, anapolinos esperam o fim das “águas de março” para retornarem à normalidade. Foi um ano de chuvas atípicas e há muito a ser reconstruído.

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