Conheça a luta de pacientes que precisaram de doação de sangue em Anápolis

Gesto salva vidas e para contribuir basta ir ao Instituto Onco-Hematológico portando documento com foto

Davi Galvão Davi Galvão -
Lisa Nóbrega Sakai, de 14 anos, foi diagnosticada com leucemia e precisou urgentemente de doação. (Foto: Reprodução)

A falta de sangue na cidade de Anápolis é um problema persistente, que muitas vezes só recebe atenção quando há urgência para salvar uma vida.

Um triste episódio, que acabou tendo um final feliz, foi o de Lisa Nóbrega Sakai, de 14 anos.  Em julho de 2022, esteve em estado grave na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Evangélico Goiano (HEG). Ao Portal 6, a mãe da jovem, Lívia Dourado Nóbrega Sakai, contou que o diagnóstico de leucemia na época foi uma surpresa, mas um dos maiores desafios ainda estava por vir.

Após um comprometimento em uma cirurgia, Lisa necessitou desesperadamente de doações de plaquetas do tipo B, tendo em vista que os estoques dos hospitais estavam esgotados. Para salvar a vida da filha, Lívia organizou uma campanha pedindo o apoio da população para que fossem feitas as doações. Nas palavras da mãe, esse momento a fez refletir muito sobre a solidariedade das pessoas.

“A importância eu não consigo nem explicar, para mim foi uma prova de amor ao próximo enorme, porque eram pessoas que nem conheciam a Lisa, muitas delas precisaram ir até Goiânia para poder salvar minha filha”, contou.

Essa falta de doações e consequentemente de estoque de sangue nos hospitais de Anápolis não é recente. É o que conta Janice Valverde de Oliveira Couto, que em 1997 teve de levar seu marido, Geraldo Cardoso Couto, para buscar atendimento médico de urgência na cidade após sofrer um acidente.

Chegando ao local, foi informada de que era necessário realizar uma transfusão o mais rápido possível, porém a unidade não tinha o tipo sanguíneo em estoque.

“Foi uma correria, muito difícil, há 23 anos atrás e até hoje continua isso, é um sufoco para quem tá precisando, porque não tem o que fazer”, afirmou. Por sorte, a irmã de Janice era doadora universal e conseguiu prestar apoio na hora.

Fernanda França, biomédica responsável pelas transfusões de sangue no Instituto Onco-Hematológico de Anápolis, reforçou a importância e necessidade da população realizar as doações.

Para ser um doador basta ir até a unidade, de 07h às 12h e de 14h às 16 de segunda a sexta-feira, ou das 07h às 11h aos sábados, portando documentação com foto e passar pela triagem. O endereço é Rua Washington de Carvalho, 155, Centro.

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