Governo Federal decide incluir na reforma agrária a fazenda invadida pelo MST em Goiás

Cerca de 600 sem-terra ocuparam a propriedade, usada como cativeiro para tráfico internacional de mulheres

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Invasão MST em fazenda de Goiás. (Foto: Divulgação/MST-GO)

A Superintendência de Patrimônio da União (SPU) em Goiás, órgão vinculado ao Ministério da Economia, incluiu, nos programas de reforma agrária, a antiga Fazenda São Lukas, em Hidrolândia, que foi invadida pelo Movimento dos Sem Terra (MST). A decisão foi  comunicada neste domingo (26).

De acordo com a Polícia Militar (PM), as ocupações aconteceram na madrugada de sábado (25). Segundo a corporação, a fazenda foi desocupada no início da noite e a saída dos sem-terra aconteceu de forma voluntária, após conversas e negociações.

Ao todo, cerca de 600 famílias invadiram o local que, anteriormente, pertencia ao suíço Pietro Chiesa, condenado por realizar, juntamente com nove pessoas, um esquema de tráfico internacional para prostituição de mulheres e meninas.

O crime foi descoberto pelas autoridades em 2022 e a propriedade foi entregue para a União, além dos bens patrimoniais de Pietro e de outros condenados. O imóvel, de 678.588 metros quadrados, tornou- se propriedade federal em 2019.

Ao Estadão, a SPU alegou que possui um acordo de cooperação técnica com o município goiano para, assim, regularizar a situação do imóvel e planejar o destino da propriedade.

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