UEG se prepara para greve caso paralisação nesta terça-feira (23) não seja efetiva

Reivindicações incluem aprovação de Plano de Carreira e Regime de Dedicação Integral à Docência e à Pesquisa

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
Fachada da Universidade Estadual de Goiás (UEG). (Foto: Divulgação)

Nesta terça-feira (23), os docentes da Universidade Estadual de Goiás (UEG) estarão em manifestação em frente ao Palácio Pedro Ludovico, em Goiânia, às 09h, com uma série de reivindicações.

A Assembleia Geral da Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Goiás (Adueg), ainda deliberou na última sexta-feira (19) pela paralisação das atividades junto com a manifestação. Além disso, caso as exigências não sejam atendidas, foi aprovado o estado de greve.

A decisão foi tomada por conta da insatisfação dos docentes perante as medidas do Governo de Goiás.

De acordo com o professor e membro do Comitê de Ética em Pesquisa da UEG e do Conselho de Representantes de Unidades Universitárias na ADUEG-Seção Sindical do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), Marcelo Moreira, foi criado uma comissão com docentes, técnicos-administrativos e estudantes para negociar com o governo estadual.

No entanto, ele afirma que o canal de negociação não se mostrou efetivo. Assim sendo, entre as principais reivindicações da classe, está o acesso ao Regime de Dedicação Integral à Docência e à Pesquisa (RDIDP), que consiste em uma jornada de trabalho de 40 horas semanais e dedicação exclusiva.

“As universidades de ponta possuem esse regime de trabalho, que serve para a melhora da qualidade de pesquisa e acesso aos financiamentos, o que melhora o ranqueamento da universidade. Temos cerca de 250 docentes querendo ingressar nesse regime de trabalho” aponta o professor.

Além disso, os docentes pedem o envio imediato do Plano de Carreira à Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), que permite progressão e promoção dos servidores e atualmente está parado com o Executivo. Marcelo explicou ao Portal 6 que o plano anterior determina um limite por titulação, o que implica em imobilidade de carreira.

Outro ponto reivindicado na paralisação visa garantir o pagamento integral da data-base, inicialmente parcelada por determinação do governador. A reposição salarial do funcionalismo de 5,93%, com pagamentos em maio e outubro, foi justificada com base nos limites impostos pelo Regime de Recuperação Fiscal (RRF).

Por fim, os docentes esperam recuperar a participação de 2% da UEG no orçamento geral do Estado.

A manifestação contará com a participação de estudantes e técnicos-administrativos, também com o intuito de exigir melhorias na qualidade da educação superior.

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