Skatista morre em grave acidente na Espanha e família se une para enterrar corpo em Goiás

Ele estava juntando dinheiro para em breve voltar ao Brasil para realizar um sonho

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
(Foto: Arquivo pessoal/Maria Lúcia Carvalho)

O goiano André Vitor Lira Costa, de 22 anos, faleceu em um acidente de moto quando estava voltando do trabalho em Ibiza, na Espanha, na madrugada do último sábado (20). O plano era atuar como garçom por duas semanas para juntar dinheiro antes de se mudar de volta para Porangatu, onde viveria com a avó.

André Vitor era conhecido pelo sorriso que carregava no rosto e a simpatia que inundava os ambientes, além do talento que demonstrou com o skate, contou a tia Maria Lúcia Carvalho ao Portal 6. O jovem se mudou com os pais e os três irmãos para a cidade de Girona, na Espanha, em 2009, o que gerou dificuldade de se encaixar.

“Ele queria vir embora, mas achou o skate e encontrou a tribo”, relatou a tia. Mas, após um acidente ocorrido há mais de ano em que fraturou o pé e o joelho, o goiano descartou a possibilidade de seguir como competidor.

Com isso, uma melancolia profunda afetou o jovem, que ainda assim manteve as pessoas ao redor felizes. “Ele era alegre, tudo era festa. Como uma pessoa assim pode morrer tão cedo? A mãe o via chorando de noite, mas ele sempre tentava esconder”, relembrou a parente.

Com a redireção, André Vitor decidiu seguir o sonho de conhecer o Rio de Janeiro e Bahia antes de curtir a família em Goiás, com quem só teve contato virtual há 14 anos e, então, abrir uma escolinha para ensinar esportes às crianças em vulnerabilidade social. “O skate libertou ele e tirou ele da tristeza. Ele viu como o esporte poderia fazer isso para as outras pessoas”.

No entanto, os planos foram interrompidos com o acidente, que chocou a família e a comunidade que o admirava na Espanha. O perfil de skate Macba Life, com 388 mil seguidores, postou vídeo do goiano lamentando a perda, o que gerou uma série de comentários. “Ele era muito generoso. Ele era diferente”, disse a tia.

 

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Na legenda, o perfil destaca a dificuldade que a família encontra para transportar o corpo para que o velório seja realizado em Porangatu. De acordo com a tia, apesar de ter contratado seguro caso fosse necessário o traslado, divergências de endereço fizeram com que a seguradora não cobrisse o valor.

Como o atestado de óbito ainda não foi entregue, não se sabe o que teria sido a causa do morte no acidente. Além disso, sem a documentação necessária, não é possível contratar o traslado. Porém, a família estima que o valor será entre 12 e 16 mil euros.

Diante disso, os parentes pedem doações por meio do Pix 62996192563 para cobrir os custos. “Nós estávamos esperando o menino, mas, em vez disso, vamos receber o corpo”.

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